Em seu discurso na reunião de ministros dos 28 países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na Bélgica, nesta sexta-feira, 10, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, criticou seus aliados europeus pelo fracasso da operação na Líbia, pela falta de empenho no Afeganistão e pelos investimentos insuficientes em novos recursos militares e na própria organização. Além disso, Gates chamou atenção para o risco de “irrelevância” e de “triste futuro” para a Otan e deu a entender que a organização não poderá mais contar com o sustento financeiro e militar dos Estados Unidos. O país tem uma dívida pública de US$ 14 trilhões, e por isso deve cortar US$ 400 bilhões de seus gastos de segurança nos próximos dez anos e dificilmente conseguirão apoio político interno para bancar sua parcela de 75% das despesas da Otan. Gates afirmou que parte dos aliados “aprecia os benefícios de sua adesão à Otan, mas não quer compartilhar os riscos e os custos” das operações militares. O secretário criticou ainda fato de o estoque de bombas da “aliança militar mais poderosa da história” estar se esgotando com apenas 11 semanas de ataques aéreos à Líbia, “um país mal armado e com baixa densidade populacional”. Gates também reclamou da “incapacidade de muitos dos aliados” da Otan cumprirem seus compromissos no Afeganistão e da adoção de restrições que “amarraram as mãos dos comandantes” no front. Essa foi a última participação de Robert Gates em um encontro da Otan como secretário de Defesa norte-americano. Em julho, ele se aposentará e será sucedido por Leon Panetta, atual diretor da Agência Central de Inteligência (CIA).
sábado, 11 de junho de 2011
EUA criticam aliados europeus por maus resultados da Otan
sábado, junho 11, 2011
Molina com muita prosa & muitos versos
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