sábado, 11 de junho de 2011

EUA criticam aliados europeus por maus resultados da Otan

Em seu discurso na reunião de ministros dos 28 países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na Bélgica, nesta sexta-feira, 10, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, criticou seus aliados europeus pelo fracasso da operação na Líbia, pela falta de empenho no Afeganistão e pelos investimentos insuficientes em novos recursos militares e na própria organização.

Além disso, Gates chamou atenção para o risco de “irrelevância” e de “triste futuro” para a Otan e deu a entender que a organização não poderá mais contar com o sustento financeiro e militar dos Estados Unidos.

O país tem uma dívida pública de US$ 14 trilhões, e por isso deve cortar US$ 400 bilhões de seus gastos de segurança nos próximos dez anos e dificilmente conseguirão apoio político interno para bancar sua parcela de 75% das despesas da Otan. Gates afirmou que parte dos aliados “aprecia os benefícios de sua adesão à Otan, mas não quer compartilhar os riscos e os custos” das operações militares.

O secretário criticou ainda fato de o estoque de bombas da “aliança militar mais poderosa da história” estar se esgotando com apenas 11 semanas de ataques aéreos à Líbia, “um país mal armado e com baixa densidade populacional”. Gates também reclamou da “incapacidade de muitos dos aliados” da Otan cumprirem seus compromissos no Afeganistão e da adoção de restrições que “amarraram as mãos dos comandantes” no front.

Essa foi a última participação de Robert Gates em um encontro da Otan como secretário de Defesa norte-americano. Em julho, ele se aposentará e será sucedido por Leon Panetta, atual diretor da Agência Central de Inteligência (CIA).

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