domingo, 2 de janeiro de 2011

Richa assume governo e anuncia plano de ação a ser executado nos primeiros 180 dias


Ao tomar posse como governador do Paraná neste sábado (1), Beto Richa anunciou um Plano de Ação de 180 dias para dar prioridade a ações emergenciais e ainda um corte de 15% nos gastos de custeio da máquina pública. “Começamos agora a executar o Plano de Governo em todas as suas frentes, priorizando as ações emergenciais”, disse Richa. “O Plano de Ação é um compromisso com a responsabilidade, o aperfeiçoamento e as mudanças no atendimento às demandas sociais”, afirmou.

Richa foi empossado no cargo na Assembléia Legislativa juntamente com o vice-governador Flávio Arns. A seguir, em solenidade no Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado e prestigiada por cerca de 4 mil de pessoas, o então governador Orlando Pessuti transmitiu o cargo a Beto Richa.

Ao discursar na Assembleia, Richa reafirmou os compromissos assumidos com a população paranaense durante a campanha e enfatizou que as áreas de educação, saúde, segurança e infraestrutura terão prioridade em seu governo.

“Iniciamos hoje um novo tempo no Paraná. Um tempo que começa não apenas no calendário que assinala a abertura de um novo ano, mas também na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, com respeito e oportunidades para todos”, disse o governador na abertura de seu pronunciamento.

“O novo Paraná que queremos é fruto de muitos sonhos e todos já estamos bem acordados para fazer com que eles se transformem em realidade. Por isso, quero fazer dessa solenidade um momento de renovação da fé e da esperança”, destacou Beto Richa.

“Sim, eu acredito que é possível melhorar a vida das pessoas que mais precisam da ação competente do governo”, reafirmou. “É possível melhorar a saúde, a educação, a segurança pública, a infraestrutura e ainda garantir a preservação do meio ambiente”, acrescentou o novo governador.

Richa disse que sua gestão será pautada pela transparência, pelo respeito e pela austeridade. Um dos objetivos mais imediatos, informou, será a recuperação da capacidade de investimentos do Estado.

RUMO - “Os baixos níveis de capacidade de investimento do Estado foram ainda mais deprimidos pelas dificuldades e pela realização de gastos que a prudência não recomendaria. Definitivamente, esse não é o tipo de herança que gostaríamos de ter recebido. De minha parte, não hesitarei em meu compromisso de recolocar o Estado no rumo correto do desenvolvimento”, ressaltou o novo governador.

Beto Richa disse vai governar dialogando com cidadãos, entidades e empresas, em parceria com os municípios e em sintonia com os demais poderes constituídos. “Rejeito o comportamento fundamentalista que inibe os investimentos, afugenta as empresas e amedronta a todos”, afirmou o governador.

“É reprovável o legado que coloca o Estado na obrigação de promover um duro ajuste emergencial, que certamente vai exigir sacrifícios ainda não totalmente dimensionados pela nossa equipe de transição”, analisou Beto.

“Enfim, os quase 30 anos de prática democrática já deveriam ter servido para desestimular completamente as aventuras daqueles que se acham donos da coisa pública e usuários dos recursos de todos. Queremos virar essa página da história”, destacou.

O novo governador salientou que pretende governar em cooperação com a Assembleia Legislativa, por isso conta “com o apoio, a crítica e a opinião de todos os integrantes desta Casa”. Disse que sua gestão não vai prescindir da “dedicação e da competência dos servidores públicos estaduais, que ao longo dos anos demonstraram ter um amor maior pelo nosso Estado”.

TRANSMISSÃO DO CARGO

Depois de empossado, o governador Beto Richa passou em revista as tropas da Polícia Militar, em frente à Assembleia Legislativa, e seguiu para a solenidade de transmissão do cargo, em uma tenda em frente ao Palácio Iguaçu, na presença de milhares de pessoas. Participaram autoridades estaduais, federais, diplomáticas e eclesiásticas, amigos e familiares do novo governador e do vice Flávio Arns, além de lideranças comunitárias e populares.

Ao entregar o cargo, o ex-governador Pessutti desejou a Beto Richa sucesso na nova empreitada como governador do Paraná.

O arcebispo metropolitano Dom Moacyr Vitti e o pastor da Igreja Assembleia de Deus, Ival Teodoro da Silva, concederam bênçãos desejando sucesso ao novo governador e sua equipe de secretários, que assinaram o termo de posse.

Em seu pronunciamento, ao receber o cargo de governador, Beto Richa agradeceu a confiança dos paranaenses que, nas urnas, em 3 de outubro e 2010, aprovaram seu programa de governo.

Richa disse que o Paraná tem pressa, pois “a máquina pública não pode continuar sendo um teste de paciência para o cidadão que mais precisa do Estado”.

“O Paraná não pode esperar”, reforçou. “A sua história exige de nós o máximo empenho, dedicação e responsabilidade”, disse o governador, ao prestar tributo a vários ex-governador e lideranças políticas do Estado – de Zacarias de Góes e Vasconcelos a Manoel Ribas, de Bento Munhoz da Rocha a Ney Braga – que contribuíram para a construção do Paraná até que o regime militar suprimisse o direito dos paranaenses de eleger seus próprios governantes.

“A roda da história premiou como primeiro governador eleito pós-ditadura o meu pai, José Richa, a quem coube fazer a transição de volta ao regime democrático”, lembrou, referindo-se à eleição de José Richa, em 1982. “É uma honra e um orgulho ocupar o mesmo cargo que um dia foi ocupado pelo meu pai. O seu exemplo, a sua inspiração, os seus ensinamentos estão comigo, no meu coração, mais vivos do que qualquer palavra pode expressar”, disse o governador.

ÉTICA E DIÁLOGO

Richa reafirmou os princípios que vão nortear a nova gestão no Governo do Estado: ética, democracia, verdade e legalidade. “Não tenho compromisso com o erro e não vou tolerar desvios de conduta de qualquer servidor público – do mais simples e humilde ao mais graduado”, afirmou.

Na tarefa de retomar o caminho do desenvolvimento pleno do Paraná, Richa disse que contará com a colaboração de uma equipe composta por homens e mulheres preparados, competentes e sérios.

“Minha equipe firmou o compromisso de contribuir com a sua experiência e o seu talento para executar com presteza, com dedicação e eficiência as propostas contidas no Plano de Governo”, disse.

“A todos, muito obrigado por atender a este chamamento de servir ao governo e servir aos paranaenses. Serei exigente na cobrança dos resultados. As nossas metas, estabelecidas em contratos de gestão, serão perseguidas com extrema obstinação.”

Richa reafirmou o discurso que havia feito instantes antes, na Assembleia Legislativa, onde falou do desejo governar em sintonia com todos os poderes.

“Agradeço desde já pelo apoio que sei que terei dos deputados estaduais, dos deputados federais e dos senadores, que vão representar os paranaenses na Assembléia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal”, disse. “Vamos construir uma relação harmoniosa com o Poder Judiciário, com o Tribunal de Contas e com o Ministério Público”, completou.

O governador agradeceu ainda o indispensável apoio dos servidores do Estado. “Eles são os verdadeiros responsáveis pelo sucesso de uma administração. Sem eles, nenhum projeto de governo se consolida. Por isso, eu conto com os servidores do Estado como integrantes da minha equipe. Quero todos eles valorizados e motivados, como parceiros na execução do nosso plano de governo, que agora é compromisso de todos”, disse.

VICE-GOVERNADOR

Richa falou também da importância do seu vice-governador, o senador Flávio Arns. “Eu tenho orgulho de contar com este homem de grande talento, de indiscutível caráter, de visão política e administrativa, de vocação pública, que é o Flávio Arns. Eu nunca tive dúvida de que esta foi uma das melhores escolhas que fiz para enfrentar os desafios que nos esperam”, afirmou.

Beto Richa fez um agradecimento especial à esposa, Fernanda. “É uma mulher de coragem, de fibra, que sempre me apoiou e que, a exemplo da minha mãe, supriu a minha ausência imposta pela vida política na educação dos nossos filhos – o Marcello, o André e o Rodrigo”, disse.

“Ela é companheira nas jornadas políticas. Ela é a força sempre presente quando parece que já não há forças em lugar algum. Ela é o estímulo que não falha quando tudo parece dar errado”, destacou Richa.

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