sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Paulo Bernardo, Requião, Pessuti e Osmar estão sem norte quanto aos seus futuros espaços no governo Dilma, como em relação a política no estado

O preço da derrota e da desunião

As tentativas do atual governador Orlando Pessuti como a do senador Osmar Dias se viabilizarem enquanto parte do primeiro escalão no futuro governo Dilma estão sendo inóquas e estes já estão sendo objetos de chacotas, pois com o vergonhoso desempenho fruto da não priorização da campanha Dilma, que levou a está a ter eleitoralmente um resultado pífio aqui no estado, um dos piores em todo o país, não os credencia a nada mais relevante.

Ontem foi um dia péssimo para o Pessuti, já que o Requião, ao qual ele de forma temerária comprou uma grande e eterna briga, mas unilateralmente recuou ao deixar de ser candidato ao governo, assim fazendo o jogo do Requião por este ter como centro de sua estratégia a viabilização do Osmar, pois sem este candidato a reeleição ao senado a sua caminhada seria mais tranqüila, no que estava correto já que se elegeu.

O segundo grande erro foi quando o Pessuti assume abertamente a defesa das candidaturas Gleisi e Fruet, mas quando pressionado pelo Requião novamente reflui, o que possibilitou pela diferença de aproximadamente 1% a vitória do Requião. Com um mínimo de empenho por parte do Pessuti com certeza o Requião não estaria eleito.
A partir de Janeiro o Pessuti só será ex-governador, ex-secretário, ex-presidente da Assembléia Legislativa, etc., mas este amontoado de ex pouco significa enquanto continuidade do poder pessoal.

Como Requião eleito, e por isto com a latinha da tribuna do senado na mão, o Planalto irá preferir a aliança com o Requião, que teme pelo uso do verbo de forma virulenta, ou com o Pessuti sem nenhum poder , que ainda possui o agravante de segundo a última pesquisa de opinião só ser conhecido por 25% da população enquanto governador, pois a maioria ou não sabe quem é ou acha que é o Requião!

O grande aliado do Pessuti, o ministro Paulo Bernardo, saiu enfraquecido das negociações dos cargos no governo Dilma, pois deixará de ser o todo poderoso ministro do Planejamento para ir cuidar da Previdência ou das Comunicações e este enfraquecido também enfraqueceu o seu aliado regional. Sem a Casa Civil nas mãos do Paulo Bernardo ficou mais difícil tentar impor ao PMDB nacional, controlado pelo Temer, que indique o nome do Pessuti para uma das cinco vagas de Ministérios a serem preenchidas pelo PMDB. O PMDB nordestino saiu fortalecido da disputa eleitoral nacional e o Temer, futuro vice-presidente, com certeza não irá querer se meter na briga interna no PMDB Estadual. O que interessa aos eleitos para o executivo federal é a governabilidade.

Quanto ao Osmar, o presidente Lula e o PT Nacional tiveram de se ajoelhar na frente do que foi o candidato do PDT para que este, que disse abertamente que preferia a aliança com os tucanos, saísse candidato e tudo isto com o agravante de que para que isto ocorresse os mesmos tivessem de aceitar todas as exigências, por mais absurdas que fossem e as estes fatos ocorridos com certeza o Lula e a Dilma darão o troco, ainda mais com o Alvaro, o irmão do Osmar, sendo um dos principais portas vozes da oposição.

Governabilidade do Beto

A oposição estadual ao Beto saiu muito enfraquecida da disputa, tanto pela guerra interna como pela dispersão e isto se reflete na ALEP, já que o próprio Osmar liberou as suas bases para fazer parte do Chapão de Consenso, pois o com certeza o Zucci, que poderia ter sido vice do Beto, será o primeiro vice presidente da Casa. Desta discussão os partidos da base sustentação do governo federal , PMDB, PSB, PP, etc. também fazem parte e indicarão os seus para fazerem parte da direção da ALEP. Até a bancada estadual do PT, que sempre fez parte da Mesa Diretora da Assembléia, mantém canal de negociação com o Rossoni, que além de candidato a presidente da ALEP também é o presidente estadual do PSDB. Na campanha política para o governo do estado a maior parte destes deputados do PMDB, PP, PSB etc. apoiaram o Beto Richa.

Muitos dos que são oposição ao futuro governo Beto Richa, ainda chamuscados pela derrota estadual ou oportunisticamente só pensando na próxima disputa estadual, onde seus interesses pessoais estarão em jogo, pregam o ódio e a divisão e dizem que o governo estadual estará isolado e sem espaço de articulação junto ao governo federal. Mas mentem, pois além do fato do estado do Paraná ser economicamente independente e legalmente ter direitos aos repasses federais, com certeza as relações republicanas serão estabelecidas, pois a Dilma com certeza irá querer melhorar a sua relação com a população do estado e isto passa por manter boas relações públicas com o governo do estado.

Relações republicanas



O Ricardo Barros (PP), que foi o candidato ao senado pela chapa do Beto e é vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, é uma das grandes pontes com o governo federal para que as boas relações republicanas se consolidem com o futuro governo estadual. O Beto, como já colocou claramente, não fará oposição sistemática ao governo federal, pois já afirmou que a função de um governador é a de governar para todos e que a função central da política ideológica partidária tem de ser cumprida pelo partido e não pelos governos e isto com certeza facilitará as relações entre os executivos, cujo objetivo somente é o de gerenciar o que é público, ó que é de todos.





Disputas em andamento

Um dos fatos que mais ajudam nesta dispersão da oposição ao Beto é o fato da Gleisi, o Osmar e o Requião estarem postulando serem candidatos na disputa ao governo em 2014. Na disputa passada não ocorreu a união entre eles, pois os objetivos pessoais foram além dos interesses coletivos e daqui para frente o quadro político não será diferente. Dentro do PMDB paranaense a disputa para o comando já está em andamento e nela vale tudo, pois com o grau de animosidade interna estando no no limite máximo o partido ficará mais fragmentado do que já está. O motivo da briga interna é que quem tiver o comando do partido terá direito de lançar a candidatura própria ou não. O Rrequião se coloca como candidato e o grupo do Pessuti está aliado ao PT e este lançará a Gleisi para o governo. O Osmar também se coloca novamente como candidato, o que o torna adversário tanto do Requião como do grupo Gleisi/Pessuti.

As relações do Requião com o PT local e com o nacional estão ruins a muito tempo, pois além das acusações já existem processos correndo na justiça, pois o Requião acusou o Paulo Bernardo de querer sobre faturar uma concorrência pública envolvendo a ampliação da Ferroeste e este o processou.

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