sábado, 13 de novembro de 2010

Paraná deve ter participação menor no governo Dilma


Elizabete Castro/Agência Câmara

Vargas: só apoio não resolve.

A disputa por espaço no futuro governo da presidente Dilma Rousseff (PT) está tão acirrada que a participação do Paraná na equipe não parece mais tão promissora quanto apontavam algumas lideranças aliadas, logo após a conclusão do segundo turno das eleições.

Enquanto o PT trabalha para manter Paulo Bernardo (Planejamento), Marcia Lopes (Desenvolvimento Social), Jorge Samek (Itaipu) e Gilberto Cavalho (Chefe de Gabinete), a entrada de novos nomes do Paraná na equipe, como o senador Osmar Dias (PDT) e o governador Orlando Pessuti (PMDB), vai depender da articulação dos seus próprios partidos.

Tanto Pessuti como Osmar entrariam na chamada “quota da gratidão”, como está sendo chamado nos bastidores o espaço que será aberto para acolher aliados que ficarão sem mandatos a partir do próximo ano.

Osmar perdeu a eleição no Paraná e seu mandato de senador termina em janeiro. Pessuti abriu mão de concorrer ao governo para facilitar o apoio do PMDB à candidatura de Osmar ao governo.

O secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas, afirmou que o PT apoia Osmar e Pessuti, mas suas indicações devem ser sustentadas pelas direções nacionais do PDT e PMDB.

“Ambos têm o apoio integral do PT, mas isso é insuficiente”, disse Vargas. Ele avalia que, além da articulação política, ainda há outro requisito, o técnico. “Não tenho dúvidas de que Osmar seria um grande ministro da Agricultura, mas têm que ter também a articulação política”, afirmou.

Para que as chances do pedetista assumir um ministério sejam ampliadas, seu nome tem que estar na lista que o ministro do Trabalho e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, está negociando com os partidos aliados. Assim como Pessuti também deve conversar com o vice-presidente eleito e também presidente nacional do PMDB, Michel Temer, avalia Vargas.

Tanto o pedetista como o peemedebista enfrentam desafios internos. A lista de Lupi permanece secreta e não há confirmação de que o nome de Osmar está nela.

Já Pessuti, por mais que consiga o apoio de Temer, terá que neutralizar o senador eleito Roberto Requião, que seria o primeiro a vetar sua participação no próximo governo. Pessuti conversou com Temer anteontem e tem a expectativa de que o presidente nacional intervenha a seu favor.

Mesmo no PT, o empenho terá que ser grande para garantir os indicados do partido no Paraná. Já há um consenso de que a participação dos petistas paranaenses será reduzida pela metade.

No momento, a posição de Paulo Bernardo aparenta ser a mais estável. Samek dependeria de um pedido pessoal do presidente Lula para que Dilma o mantivesse no cargo. Márcia Lopes poderia ser beneficiada por uma questão de gênero, já que a presidente eleita faz questão de ampliar a presença feminina na equipe.

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