quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Paraná pode ter mais 16 pedágios


POLLIANNA MILAN

Mais 16 pedágios poderão ser instalados no Paraná, conforme proposta dos engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), que alegam não haver outra alternativa para manter as estradas em boas condições de uso. Estudo da Associação dos Engenheiros do DER sugere um novo modelo de concessão: pedágios de conservação administrados pelo DER, sem fins lucrativos, que arrecadaria dinheiro apenas para garantir manutenção e sinalização adequada às estradas. “O pedágio é um modelo acertado para a conservação das rodovias. O que precisa ser questionado é quanto se paga por ele”, diz o engenheiro Osmar Lopes, representante da associação.

O valor arrecadado com os 16 novos pedágios, se aceitos e implantados pelo governo, será de R$ 150 milhões: para a operação serão gastos R$ 50 milhões e so bram outros R$ 100 milhões para serem investidos em conservação. Mas o saldo é negativo em R$ 25 milhões caso o projeto de conservação se mantenha constante. O valor faltante teria de ser reembolsado pelo próprio DER. Hoje, o Paraná precisa investir, só em conservação, R$ 768 milhões anuais, ou seja, R$ 64 milhões por mês.

“É praticamente o dobro do que o estado tem conseguido investir. A arrecadação deste novo pedágio representa 13% do total, o que contribuiria para termos estradas melhores”, afirma o engenheiro e vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquite tura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR), Gilberto Piva. O pedágio de conservação, como o próprio nome diz, não fará novas obras, como ampliação de faixas, duplicação ou construção de viadutos. Serve para literalmente tapar os buracos nas rodovias e melhorar a sinalização. O valor cobrado seria de R$ 2 de veículos de passeio, R$ 1 de motos e R$ 2,50 por eixo dos veículos comerciais.

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