quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Denúncias estão perto de Lula, diz Marina

AE

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, defendeu ontem apuração rigorosa e urgente das denúncias de tráfico de influência envolvendo a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. "É um caso para ser investigado com rigor e urgência, pois se trata da pessoa mais próxima do presidente da República."

De acordo com as denúncias, Israel Guerra, filho da ministra, teria feito lobby para empresas aéreas com interesse na obtenção de contratos com os Correios e uma irmã de Erenice teria autorizado o governo a contratar, sem licitação, o escritório do próprio irmão delas.

No debate entre os candidatos à Presidência realizado pela Rede TV no domingo, o assunto foi um dos que mais renderam perguntas. O outro tema "quente" do encontro foi a quebra de sigilo na Receita Federal de pessoas ligadas ao PSDB.

Marina classificou de "gravíssimas" a denúncia contra Erenice Guerra. Segundo ela, a decisão de afastar ou não a ministra para a apuração dos fatos cabe ao presidente. "É uma decisão do gestor público e espero que o desfecho seja aquele que a sociedade brasileira quer."

Em visita à ONG Lua Nova, que atende mães e gestantes em situação de risco, em Araçoiaba da Serra, região de Sorocaba, Marina lamentou que as denúncias estejam contaminando o debate eleitoral. "É tão grave o que está acontecendo que tem de ter um movimento para além dos partidos e além das eleições para que tudo seja apurado."

A candidata do PV lembrou o caso da quebra do sigilo na Receita e criticou Lula. "''Depois de um ministro dizer que a quebra de sigilo era coisa corriqueira, o próprio presidente da República, que imaginei que fosse dar um basta nessa história, veio a público apenas para defender a sua candidata", lamentou.

Na opinião dela, o caso agora envolve tráfico de influência dentro do Palácio do Planalto. "Do jeito que está, mesmo sem conhecer os contornos todos, só posso dizer que é muito grave."

Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e praticamente fora de um eventual segundo turno, Marina classificou de "vale-tudo eleitoral" as denúncias entre os dois principais rivais. "Tudo isso que está acontecendo nos dá a convicção de que é preciso um segundo turno para discutir melhor as questões que interessam ao País."


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