sábado, 28 de agosto de 2010

História dos móveis de Eduardo Requião está cada vez mais estranha


JORNAL ESTADO DO PARANÁ

O curioso sumiço dos móveis do escritório de representação do Paraná em Brasília, na época da gestão de Eduardo Requião, ganha a cada capítulo enredo de minúcias policiais.

Retorna à novela a versão inicial, adornada pela placa de agradecimento a 11 empresas, órgãos públicos e outras entidades que teriam colaborado para a montagem da estrutura da então secretaria. A cronologia dos fatos mostra que esta foi a primeira explicação dada pelo irmão do ex-governador Roberto Requião.

Então titular da nova pasta, Eduardo justificou a suntuosa decoração e demais equipamentos como doações de “empresas parceiras”, tanto que havia uma placa de agradecimento, que realmente existe e registra os seguintes nomes: Scenário Produções (nome fantasia da A.H. Duarte e Cia Ltda, empresa da esposa de Eduardo, Empório Beraldin, Administração dos Portos do Paraná e Antonina (APPA), Banco do Brasil, Cattalini Terminais Marítimos, Programa de Voluntariado Paranaense - Provopar, América Latina Logística (ALL), Álcool do Paraná Terminal Portuário (Alcoopar), Cia Brasileira de Logística (CBL), Paraná Operações Portuárias (PASA) e Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).

A placa, datada em 26 de maio de 2009, ressalta: “... o reconhecimento das ações empreendidas na consolidação das nossas atividades, o agradecimento do governo do Paraná e da Secretaria de Representação pelo compromisso e continuidade na excelência da gestão pública”.

Documentos

Ocorre que, no dia 14 de agosto, O Estado teve acesso a um termo de comodato que oficializou a doação de tudo o que foi instalado na secretaria especial de Brasília.
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No papel, era tudo da empresa A.H. Duarte e Cia Ltda, coincidentemente de propriedade da esposa de Eduardo. Fato também comprovado pelo inventário de bens - móveis, aparelhos de edição de áudio e vídeo, computadores e monitores - carregados pela transportadora Granero, até Curitiba. Um terceiro documento dizia que parte dos equipamentos era da Rádio e TV Paraná Educativa.

A reportagem conseguiu comprovar, entretanto, que quase tudo foi descarregado na sede da Scenário Produções, nome fantasia da A.H. Duarte, que fica na Rua Visconde do Rio Branco, bairro Mercês, na capital paranaense.

As perguntas que se renovam são: os móveis e demais utensílios foram doados ao patrimônio do Paraná ou à empresa A.H Duarte? Se houve simples e gracioso comodato em favor da Secretaria Especial de Representação do Paraná em Brasília, por parte de uma única empresa, qual a justificativa de uma placa de agradecimento a outras dez? As respostas são aguardadas de um processo de investigação em curso no Tribunal de Contas do Estado.

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