sexta-feira, 30 de julho de 2010

RECORDANDO A ELEIÇÃO DE 2006:



ENTREVISTA COM OSMAR DIAS:

PEDETISTA SUSTENTA QUE GOVERNOS ANTERIORES DEIXARAM 280 MUNICÍPIOS DO PARANÁ COM IDH ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL

Senador diz que faz oposição, mas tem diálogo com governo

MARI TORTATO

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Osmar Dias defende seu vice, rebate acusações de enriquecimento ilícito e diz que pagou propriedade no Tocantins com seu dinheiro

O candidato do PDT ao governo do Paraná, Osmar Dias, 54, critica governos anteriores dos quais fez parte -de Alvaro Dias (PSDB), seu irmão, do próprio rival, Roberto Requião (PMDB), e de quem o apóia agora, Jaime Lerner (ex-PFL, hoje PSB)- para justificar a necessidade de ampliação de programas assistencialistas. Osmar diz que as políticas públicas dos governadores dos últimos 20 anos fracassaram e que o estilo precisa mudar. Na gestão do irmão, o senador reeleito Alvaro Dias, ele foi presidente de uma empresa estadual de fomento. No primeiro governo Requião, foi secretário da Agricultura. Osmar diz que modernizou a agricultura do Paraná quando foi secretário de Requião, mas que não era o governador para colocar em prática programas sociais.

Leia os principais trechos da entrevista:

FOLHA - Seu rival diz que o sr. não tem programa de governo. Que marca pretende deixar, se vencer?
OSMAR DIAS - Quem fala que não tenho projeto deixou o Estado sofrer uma queda de 3% na indústria em 12 meses. Proponho um projeto claro de desenvolvimento para a agricultura, a agroindústria e para atrair investimentos. O Estado tem que abrir o diálogo com os investidores, ser parceiro, e não espantar investidores.

FOLHA - Quanto vale hoje sua fazenda de 8.335 hectares em Formoso do Araguaia, no Tocantins, que o sr. declarou por R$ 2,5 milhões?
OSMAR - Comprei por R$ 2,5 milhões, em 2003. Não sei, não fiz avaliação, mas é só pegar as áreas que estão sendo vendidas perto dela. Tem uma oferta de área de 25 mil alqueires, perto dela, por R$ 40 mil. Fiz um bom negócio, paguei com meu dinheiro, limpo.

FOLHA - Como o sr. pretende se relacionar com o MST, se eleito governador? Pelas terras que herdou e comprou, o sr. é um latifundiário.
OSMAR - Depende do conceito. Para o Tocantins, a fazenda é uma propriedade média. Meu relacionamento com os movimentos sociais será de acordo com a Constituição e a lei e o que elas preceituam: propriedade improdutiva deve ser desapropriada; a que tem projeto em execução é produtiva e a que esteja produzindo não pode ser invadida.

FOLHA - O sr. diz que não sabia das ações por suspeita de improbidade administrativa e fraude em licitações que seu vice [ex-prefeito de Toledo Derli Donin] responde na Justiça e que pediu levantamento à assessoria jurídica. Pensa em trocá-lo?
OSMAR - Não. Isso seria a atitude extrema. Os processos do vice foram impetrados por adversários políticos. Confio que todas as respostas dele serão positivas para a falta de fundamento das denúncias. São processos não julgados e que o candidato à reeleição [Requião] tem mais de 200 iguais.

FOLHA - Caso Lula se reeleja e o sr. se eleja, como será a relação com o presidente que não apoiou?
OSMAR - Em janeiro de 2003, o [Leonel] Brizola avisou que estávamos nos afastando porque ele não concordava com a linha que o governo adotava. Então o PDT foi oposição do primeiro mês até hoje. Votamos matérias a favor quando achamos que era importante. Mas foi um partido de oposição. Nem por isso deixei de ter entendimento com o presidente. Fui chamado várias vezes para opinar sobre agricultura, ajudei a fazer o projeto do biodiesel. Pretendo enriquecer esse diálogo juntando a bancada do Estado.

FOLHA - Se eleito, pretende manter algum programa do atual governo?
OSMAR - O de [isenção] de micro e pequenas empresas, vamos melhorar e ampliar faixas. Esses assistencialistas [de distribuição de leite para crianças e subsídio nas contas de luz e água a famílias pobres], vamos ampliar. Essa é a maior prova de que o Paraná precisa mudar o estilo de governo. De 1990 a 2006, lá se foram 16 anos, e só teve dois governadores [Lerner e Requião]. E esses dois governadores deixaram 280 municípios com IDH abaixo da média nacional. Todos os indicadores são piores que dos Estados vizinhos. Isso revela o fracasso das políticas públicas dos últimos governos. E, se voltarmos a 1986, serão três, em 20 anos: do Alvaro, do Lerner e do Requião.

Folha - O sr. integrou as equipes de Alvaro e Requião. É co-responsável...
OSMAR - Não. Se você voltar no passado, vai ver que a agricultura do Paraná foi a mais moderna do país. Foi com ela que o Paraná pôde se manter até hoje. Os governos fracassaram com as políticas sociais. Fui um secretário da Agricultura, não um governador para colocar em prática projetos de educação, saneamento e segurança.

Folha - O sr. define Requião como um governante autoritário. Mas há quem aponte semelhança no perfil do senhor. O sr. é autoritário?
OSMAR- De jeito nenhum, eu dialogo muito. A minha convivência com ele por oito anos no Senado fez com que eu aprendesse a fazer o contrário do que ele faz. Foi bom exemplo para que eu não seguisse. Eu não censuro jornalista.



Requião é oportunista ao apoiar Lula, afirma Osmar Dias

Larissa Morais
Da Redação, em São Paulo

O senador Osmar Fernandes Dias (PDT), 54, já foi secretário de Agricultura no primeiro governo de Roberto Requião (PMDB). Hoje o governador e candidato à reeleição é o maior adversário do pedetista.

Na entrevista para o UOL, Osmar critica duramente o governador, e chega a comparar a ambição de governar o Paraná por 12 anos (Requião já está no segundo mandato; o primeiro foi de 1991 a 1994) à longevidade dos ditadores no poder.

Para Osmar, a atração de empresas para o Estado foi débil nos últimos anos em razão da "postura agressiva" do governo, que trataria empresários como adversários.

Sobre a dificuldade do adversário em declarar apoio explícito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador diz que esse comportamento é oportunismo. "Se Lula passar Alckmin no Paraná, ele passa a apoiar o presidente", diz Osmar. Pesquisa recente do Datafolha mostrou empate técnico entre os presidenciáveis no Estado.

No início da campanha, o candidato do PDT oscilava ao redor de 20% das intenções de voto nas pesquisas. O governador manteve-se estável - na pesquisa Ibope divulgada no dia 7 de agosto, tinha 39%. Em três meses, Osmar cresceu e obteve 38,6% dos votos válidos, contra 42,81% de Requião.

A carreira voltada para a agricultura é um dos trunfos de Osmar para conseguir votos no interior. Na capital, o candidato tem a seu lado um dos maiores cabos eleitorais do Estado, o prefeito Beto Richa (PSDB).

Ex-tucano, Osmar Dias é irmão do também senador Álvaro Dias (PSDB). Engenheiro agrônomo, está no Senado desde 1995. Antes, foi professor de agronomia, presidiu a Companhia Agropecuária de Fomento Econômico do Paraná (1983-1986) e foi secretário da Agricultura (1987-1994).

Leia a seguir os principais trechos da entrevista:


UOL - A última pesquisa Datafolha indica uma diferença de 6 pontos entre Requião e sua candidatura, algo próximo ao resultado do 1º turno, o que indica que a disputa segue acirrada. Que estratégias o sr. tem utilizado neste segundo turno para vencer?


Osmar - Primeiro, a estratégia de não levar as pesquisas a sério. No primeiro turno, o Datafolha dava 45% para Requião e 31% para mim, o que significa que não haveria segundo turno. E eu estou disputando o segundo turno. O resultado da eleição foi 42% a 38%, quatro pontos de diferença, e não 14 - eles erraram por 10. O Datafolha não acertou em nenhum Estado. É uma questão de desconsiderar as pesquisas e considerar o que sentimos nas ruas, no crescimento da candidatura, nas pesquisas internas. E trabalhar mostrando que temos um projeto de governar o Paraná de forma diferente, com diálogo e parceria, com a reconstrução da credibilidade que o governo perdeu, afastando investidores. O Paraná não teve nestes três anos e meio nenhuma grande empresa instalada aqui em razão da postura agressiva do governo, tratando investidores e empresários como adversários. E com uma gestão absolutamente temerária no Porto Paranaguá feita pelo irmão do governador, que também é responsável pela insegurança em investir no Estado.


UOL - O sr. conseguiu um leque mais amplo de alianças do que Requião no segundo turno?


Osmar - As alianças que fizemos no primeiro turno foram suficientes para nos trazer ao segundo praticamente empatados com Requião, que não teve nenhum pudor em usar a máquina pública em sua campanha de reeleição. No segundo turno recebemos apoio do PSDB, do senador Álvaro Dias, do prefeito de Curitiba, Beto Richa, do ex-candidato Rubens Bueno (PPS), do PL. Temos também apoio dos três deputados federais mais votados, entre eles Gustavo Fruet (PSDB) e Ratinho Jr. (PPS).


UOL - O sr. tem o apoio do prefeito Beto Richa na capital. O que tem feito para ganhar votos no interior?


Osmar - Como tenho uma ligação muito estreita com a agricultura por ter sido secretário em dois governos, e ter feito o projeto Paraná Rural, que é considerado modelo, estamos obtendo uma vantagem no interior. Tenho trabalhado propondo uma parceria permanente com os municípios para desenvolver um projeto de agroindustrialização, uma necessidade para que a economia do Paraná volte a crescer. Hoje ela não está nem estagnada, ela está de cabeça para baixo, decresceu 3%. Isso significa que o atual governo tem fracassado, e isso é uma forma de conquistarmos apoio não só do interior, mas também da capital, porque as pessoas querem emprego e renda, o que o atual governo não tem proporcionado.


UOL - O sr. acredita que um possível desgaste do governo de Requião tenha sido o responsável pelo seu crescimento nas pesquisas?


Osmar - Meu crescimento no primeiro turno já era esperado porque a população votou em sua maioria pela mudança. Senão não haveria segundo turno. Como eu já tinha obtido 2,7 milhões de votos para senador, existia esse patrimônio eleitoral que não pode ser desprezado. As pessoas estão cansadas do atual estilo de governo. Quem já governa o Estado há oito anos e quer governar por 12, só é comparável a países em que a ditadura governa.


UOL - O sr. foi secretário da Agricultura do governo Requião. O que mudou na sua avaliação sobre o governador desde então?


Osmar - Fui secretário continuando um projeto que tínhamos iniciado no governo anterior, de Álvaro Dias. Aliás, Requião anunciou meu nome no primeiro turno como ex-secretário de seu governo para ganhar votos, pelo trabalho que vínhamos realizando. E faço uma avaliação diferente do que fizemos na agricultura em relação às demais áreas do governo, principalmente do atual, porque este é bem pior do que o primeiro governo.


UOL - O seu candidato a vice, Derli Donin, tem oito ações por improbidade administrativa e dois processos por suspeita de licitação fraudulenta em tramitação contra ele. As denúncias têm sido amplamente utilizadas por seu adversário. O sr. acredita que isso pode prejudicar sua candidatura?


Osmar - Não. Meu vice tem realmente as oito ações, mas ainda não foi ouvido em seis. Nas duas em que foi ouvido, foi absolvido. Acredito que nas outras também será, porque são ações sem consistência, movidas por seus adversários. Tanto é que ele teve a aprovação de Toledo, quando foi prefeito, reelegendo-se e elegendo seu sucessor. Já o adversário, que acusa meu vice, tem 141 ações judiciais e inquéritos, dos quais 60 criminais. E ações que não são apenas por injúria, calúnia e difamação. São por improbidade administrativa, em que ele foi condenado e teve de devolver dinheiro aos cofres públicos. Ele tem ações por uso da máquina pública para promoção pessoal, abuso de poder, recebimento ilegal de verbas públicas, crime eleitoral e prevaricação. Além de pagar uma dívida R$ 180 mil ao desembargador Sérgio Arenhart, que o processou por calúnia, com dinheiro do partido que não havia sido contabilizado, o que configura caixa dois. Portanto, se tivermos de comparar as ações, meu adversário ganha de longe.


UOL - Caso seja comprovada culpa e o sr. seja eleito, que medidas pretende tomar?


Osmar - Acredito que ele perde o cargo. Confio que as ações que meu vice enfrenta na Justiça não têm consistência para condená-lo. É uma hipótese improvável.


UOL - Por que Geraldo Alckmin teve mais votos que Lula no Paraná no primeiro turno, ao contrário do resultado nacional?


Osmar - Porque o Paraná tem sua base econômica na agricultura. E os agricultores estão muito insatisfeitos com o desempenho do governo Lula. Os paranaenses estão insatisfeitos com a parceria de Requião com o governo federal, que não trouxe nenhum benefício ao Estado. Ou o governador não soube fazer a parceria, ou o presidente Lula não correspondeu a ela.


UOL - O sr. acha que o apoio tímido e não declarado de Requião a Lula tem a ver com o fato de o presidente estar atrás de Alckmin no Estado?


Osmar - Requião é oportunista. Ele surfou na "onda" Lula em 2002 e se elegeu com ela. Agora ele esperou Lula crescer um pouco para timidamente apoiá-lo. Mas ele não tem certeza. Se Lula passar Alckmin, ele passa a apoiar o presidente. Ele faz isso porque pensa só nele, tanto no governo quanto na política.


UOL - O sr. apóia Geraldo Alckmin, que aparece bem atrás de Lula nas pesquisas. Se o presidente e o sr. forem eleitos, como será a relação com o governo federal?


Osmar - Sempre tive uma relação de respeito com Lula, tanto que ele me chamou para conversar várias vezes. Continuarei com a essa relação se ele for eleito. Ela tem de ser também institucional, de Estado para governo federal, e é até um dever que essa parceria seja feita através de projetos e ações práticas, que o atual governador não tem procurado realizar, usando a velha desculpa de apenas culpar o governo federal. Quando na verdade ele não fez nenhuma reunião com deputados federais para fazer essa ponte política, nem com os senadores - e também os culpa pelo seu fracasso na busca por verbas federais. Quem perde com isso é o povo do Paraná.


Reportagem publicada em 26.out.2006


ENTREVISTA COM O REQUIÃO EM 2006:

REQUIÃO SE DIZ VÍTIMA DA IMPRENSA E DA INCOMPREENSÃO DAS COOPERATIVAS E ACUSA ADVERSÁRIO DE FAZER CAMPANHA "NAZISTA'
Governador condena privatizações do PSDB e sinaliza apoio a Lula
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARINGÁ

"Não podemos permitir que o Brasil seja uma reserva estratégica de ração para gado dos europeus", diz Requião sobre transgênicos

Candidato à reeleição, o governador licenciado do Paraná, Roberto Requião (PMDB), 65, acenou uma reaproximação, nesta reta final do segundo turno, com o governo Lula, de quem disse ter tido "algumas decepções" e de quem foi crítico nos últimos dois anos. Ele atacou o tucano Geraldo Alckmin, a quem atribuiu um perfil "privatista", e chamou de "nazista" a campanha de seu rival, Osmar Dias (PDT), antigo aliado na política paranaense. Requião disse ser vítima de armações de setores da imprensa do Paraná. Crítico do plantio de soja transgênica, culpou o "imediatismo" de lideranças cooperativistas (que apóiam Osmar Dias) pelo que chama de não-compreensão da dimensão "geopolítica" de sua luta pelo plantio de soja convencional. Leia trechos da entrevista concedida na sexta:

FOLHA - O sr. foi envolvido na história do policial civil Rasera e grampos telefônicos [Délcio Augusto Rasera estava lotado na Casa Civil e foi preso sob acusação de chefiar quadrilha de arapongas]. Houve ainda o pedido da quebra de sigilo telefônico de jornalistas que noticiaram o caso. Como o sr. explica isso?
ROBERTO REQUIÃO - Não tenho qualquer relação com o Rasera. Houve má-fé da "Gazeta do Povo" [jornal paranaense] nessa história. Os repórteres defendem o sigilo da fonte, mas é preciso chegar a essa fonte para se mostrar que houve armação. Não teve pedido de quebra de sigilo de jornalista. Eu não tinha como saber, em campanha, o que os advogados estavam fazendo. Mas essa história de me ligar a grampos é armação.

FOLHA - O sr. entrou na disputa do primeiro turno como virtual eleito, mas haverá segundo turno. O que houve de errado na campanha?
REQUIÃO - Tínhamos só dois minutos e meio de TV. E teve uma campanha da RPC [Rede Paranaense de Comunicação, afiliada da Globo] e "Gazeta do Povo" [do mesmo grupo RPC] contra meu governo. Sem contar que todos batiam no candidato majoritário. Neste segundo turno tudo mudou e estamos firmes de volta à liderança.

FOLHA - O senador Osmar Dias [PDT] afirma que o sr. o procurou seis vezes para pedir que ele não fosse candidato. Isso é verdade?
REQUIÃO - Não é verdade. Osmar estava doente e queria falar comigo. Fui até ele três vezes para conversar. Ele disse que queria ser candidato em 2010 e que me apoiaria agora com a condição de eu não apoiar seu irmão, Alvaro [Dias, reeleito senador pelo PSDB]. Mas até aí eu não sabia de sua megafazenda no Tocantins. Ele disse que tinha uma chácara lá. Ele não conseguiu explicar seu enriquecimento. Temos uma vida parecida, de classe média, e até cargos iguais. Então, como explicar duas fazendas no Paraná e essa megafazenda no Tocantins?

FOLHA - Sobre o modelo agropecuário, o sr. é contra os transgênicos e a favor do MST, e Osmar é favorável ao agronegócio exportador. O sr. concorda com essa tese?
REQUIÃO - Eu não fui eleito pelas multinacionais. É bom frisar que o transgênico é permitido no Brasil. O que existe é uma visão geopolítica. Não podemos permitir que o Brasil seja uma reserva estratégica de ração para gado dos europeus. Se o Brasil só plantar transgênicos, perderá competitividade logística para os EUA. Precisamos ter essa visão da geopolítica mundial. As cooperativas possuem uma visão de curtíssimo prazo e não pensam estrategicamente. Já o MST é um movimento social, e não vou atacar movimentos sociais legítimos.

FOLHA - O sr. ficou em cima do muro no primeiro turno em relação à Presidência. Vai se decidir agora?
REQUIÃO - Eu tive algumas decepções com o governo Lula. Acredito que até o próprio Lula teve. Neste segundo turno, o PT está comigo, e o PMDB do Paraná, com Lula. Meu vice [Orlando Pessutti, do PMDB] sobe no palanque do Lula. Já o Alckmin privatizou linhas de transmissão em São Paulo e não deixou a Copel participar do leilão porque era uma estatal. Vejo isso como uma continuação privatista do que foi o governo FHC. Vejo isso [privatizações] como conseqüência necessária do tipo de coligação que embala o Alckmin. Mas logo irei me definir e anunciar minha posição.

FOLHA - A campanha abalou sua amizade com Osmar Dias?
REQUIÃO - Não dá para negar isso. Meu adversário faz uma campanha nazista, repetindo mil vezes um mentira. E tem a história do seu vice, o Donin. Uma chapa com o Donin como vice não é uma chapa, é formação de quadrilha. E quem diz formação de quadrilha não sou eu, é o Ministério Público.

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