quinta-feira, 7 de março de 2013

Sob protestos do PT e PSOL, Pastor Feliciano é eleito presidente da Comissão

Após protestos de deputados do PT e PSOL integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o indicado pelo PSC Pastor Marco Feliciano (SP) foi eleito com 11 dos 12 votos dos deputados presentes, um a mais do que o mínimo necessário para ser eleito. Um dos votos foi em branco.


A eleição foi conduzida pelo membro mais idoso da comissão, o deputado evangélico Costa Ferreira (PSC-MA), depois que o então presidente Domingos Dutra (PT-MA), renunciou ao cargo em protesto à indicação de Feliciano (PSC-SP), acusado de homofobia e racismo, para a presidência do colegiado. O petista se recusou a conduzir a eleição  e criticou a realização da reunião a portas fechadas, sem a presença dos manifestantes, como determinou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
"Nem a ditadura ousou bloquear o acesso do povo esta Casa. Essa comissão não é de evangélicos ou de católicos, mas do povo", disse Dutra.
Todos os deputados do PT e do P-SOL se retiraram da comissão. Além de Dutra, os deputados Padre Ton (PT-RD), Erika Kokay (PT-DF), Jean Wyllys (Psol-RJ), Luiza Erundina (PSB-SP), Luiz Couto (PT-PB) e Janete Pietá (PT-SP) também não votaram.
A eleição de Feliciano ocorreu em meio a debates acalorados entre deputados evangélicos e os defensores dos direitos dos homossexuais e negros.
O deputado Pastor Eurico (PSB-PE) criticou a postura de Dutra. "Isso é uma comissão de direitos humanos ou de direitos de uns e de outros? Não existe crime antes de ser julgado", pontuou. "Estão praticando o preconceito aos evangélicos. Poderíamos convocar os evangélicos para fazer baderna nessa Casa. Mas nós, evangélicos, não somos de fazer baderna."
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) criticou a decisão de impedir o acesso de manifestantes à reunião. "Os espectadores não devem estar entendendo esse episódio que nos remonta a um período triste da nossa história. A questão aqui é política. Não é legal, nem regimental."
Do lado de fora da reunião, os deputados que se retiraram da reunião, afirmaram que pretendem realizar uma reunião na próxima terça-feira(12), às 11 horas, para decidir que medidas tomarão. Eles cogitam, inclusive, formar uma comissão paralela de Direitos Humanos. (Agência Brasil  Agência Câmara)

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