segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Banco Rural fez 46 operações de lavagem de dinheiro, diz Barbosa


O relator do processo do mensalão (Ação Penal 470) no Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (10) que o empresário Marcos Valério agiu como "intermediário" do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), réu do processo, e da dona do Rural, Kátia Rabello. Segundo Barbosa, o banco informava ao Banco Central e ao Conselho de Administração Financeira (Coaf) que os recursos eram sacados pelas agências do empresário Marcos Valério, apontado como operador do esquema, e eram para pagar fornecedores. Na prática, no entanto, Valério indicava de forma informal ao Rural a identificação de sacadores.
Antes, o ministro disse ainda que há provas que evidenciam a realização de 46 operações de lavagem de dinheiro por meio de saques no Banco Rural. Nesta segunda, o STF iniciou a terceira parte do julgamento do mensalão. Neste item da denúncia quatro ex-dirigentes da instituição bancária, além de seis integrantes do chamado núcleo publicitário, chefiado por Valério.
"Levando em conta apenas o descrito na denúncia, foram identificadas e comprovadas 46 operações de lavagem de dinheiro disponibilizado no Banco Rural", afirmou o relator. Ele iniciou seu voto nesse capítulo destacando a origem do dinheiro, já abordada nos itens anteriores. Barbosa destacou o desvio de recursos no Banco do Brasil, principalmente por meio da Visanet, e os empréstimos simulados feitos no Rural em benefício de agências de Valério e do PT. (GP)

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