segunda-feira, 2 de julho de 2012

A tradição do estado brasileiro queimar documentos "inconvenientes" vem desde o fim do escravagismo



A queima de arquivos, para tentar apagar o passado, é uma "tradição" que vem da época em que foram, por sugestão de Rui Barbosa, queimados os documentos referentes a escravatura. Nas oficinas do Loyde brasileiro, contém uma placa com a inscrição: “13 de maio de 1891. Aqui foram incendiados os últimos documentos da escravidão no Brasil”. Assim tentam apagar a vergonhosa memória do estado brasileiro. 


O mesmo aconteceu com grande parte dos documentos relativos a ditadura implantada com o golpe civil e militar de 64, prática que não cessou após a democratização.

 A poucos anos houve denúncias, que foram comprovadas, de que documentos relativos a este triste período de nossa história continuam sendo queimados.


Cinco anos depois de denunciada a queima de documentos históricos do período da ditadura militar em um terreno da Base Aérea de Salvador, muitas perguntas ainda estão sem respostas.
Entre os papéis que resistiram ao fogo estão fichas, prontuários e relatórios da inteligência do Exército, Aeronáutica e Marinha sobre personagens e organismos da esquerda armada. Alguns trazem o carimbo de “confidencial”. 


Na maioria dos documentos havia indicações de 'secreto e confidencial'. Parte da documentação foi encaminhada ao 'Fantástico' por um informante na Bahia, que, por segurança, não foi identificado. De acordo com ele, os papéis foram encontrados na base aérea de Salvador. A maioria dos documentos é do período entre 1964 e 1985, quando o Brasil viveu sob um regime militar.

Uma câmera que conseguiu entrar na base aérea de Salvador, chegou em uma área isolada onde havia vestígios de uma fogueira e ainda era possível observar documentos queimados, do mesmo tipo e com a mesma expressão confidencial, semelhante a um documento que foi retirado da base pelo informante.
 A queima de documentos da ditadura é atentado à história!

1 comentários :

eliana disse...

Os documentos são fundamentais, mas mesmo que os percamos, por práticas autoritárias, a emergência do passado acaba florescendo no presente, remetendo os contemporâneos à busca de trilhas,rastros,resquícios que não se dissolvem pela pura vontade arbitrária. Ao contrário, reafirmam sua presença.
Em busca deste passado que se quis destruir!

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