segunda-feira, 2 de julho de 2012

A Secretaria de Direitos Humanos confirmou que a capital do Paraná fará parte do roteiro nacional da Comissão da Verdade


Segundo o Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça a Secretaria de Direitos Humanos da presidência da República confirmou, na quinta-feira passada (28), que a capital do Paraná fará parte do roteiro nacional da Comissão da Verdade.

A audiência pública será realizada em outubro, com o objetivo de reunir informações e dar divulgação às investigações realizadas pelo grupo de trabalho, que apura casos de violação dos Direitos Humanos acontecidas entre os anos de 1946 e 1988.

O Fórum também anunciou a criação de um Observatório de Direitos Humanos no estado e a possibilidade de ser construído um museu dedicado ao tema na cidade e o processo de interiorização do fórum, com a participação de outras cidades do Paraná.

A coordenação do fórum reforça o interesse das 50 entidades que compõem a iniciativa em construir um roteiro de visitação na cidade, que recupere os principais pontos de interesse para a história de resistência à ditadura militar em Curitiba. A Igreja do Guadalupe abrigou diversas reuniões clandestinas durante o período. Na Boca Maldita foi realizado um comício das Diretas Já. No Danc ocorriam as reuniões do CBA.

 Para o Fórum não basta smente o resgate dessa memória, mas também busca a  construção de uma consciência mais democrática na sociedade brasileira.

Outra reivindicação do Fórum é um museu na ala do presídio do Ahú  que abrigou os presos políticos, como dar novas denominações para ruas e praças que hoje levam os nomes de torturadores e demais pessoas ligadas a violações dos Direitos Humanos durante o período ditatorial.

Várias destas pautas a serem cumpridas foram sugeridas por Paulo Abrão, secretário Nacional de Justiça e Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça,  na sua vinda ao Paraná, quando se reuniu com a Maria Tereza Uille ,secretária de Justiça, e com as entidades que formam o Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça. 

Outro ponto importante é que a condenação dessas pessoas só virá com o respaldo social a ser obtido pela exacração pública dos crimes que elas cometeram. Com o tempo, elas terão que ir para a cadeia, pois os crimes são inafiançáveis e imprescritíveis. A memória que as pessoas terão desses crimes ficará oficialmente documentada, como toda a população saberá da verdade sobre este degradante período da nossa história. Isto ajudará a afirmar uma nova cultura de defesa dos Direitos Humanos, já que por todo o Brasil as torturas cometidas por agentes públicos em dependências do Estado ainda fazem parte da nossa triste realidade.

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