segunda-feira, 2 de julho de 2012

Curitiba: 16 mil exames já foram cancelados por greve no HC


A greve dos servidores técnico-administrativos federais já provocou o cancelamento de mais de 16 mil exames de diagnóstico no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Segundo um levantamento do próprio HC, por causa da paralisação, uma média de 800 procedimentos deixam de ser realizadas por dia. Apenas um terço dos exames vem sendo feitos e não há previsão de normalização no atendimento.
Os exames laboratoriais são os procedimentos mais atingidos. Segundo o HC, cerca de 500 deixam de ser realizados por dia. O balanço aponta ainda que são cancelados diariamente cerca de 130 radiologias, 40 tomografias e 70 ultrassons. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest), os pacientes que já estavam internados antes da greve estão recebendo tratamento normal, assim como quem precisa de atendimento de urgência ou emergência.
A paralisaçãoSegundo a assessoria de imprensa do HC, 300 dos 1,9 mil servidores aderiram à paralisação. O Sinditest, no entanto, afirma que a greve atinge mais de 40% dos trabalhadores, totalizando mais de mil servidores parados. “Todas as áreas que atendem à população têm técnicos administrativos. Por isso o impacto é geral e atinge desde as consultas até os exames”, disse o diretor do sindicato, Giuliano Monn.
A greve já dura 21 dias e faz parte de um movimento desencadeado por servidores federais de diversas áreas, em todo o país. No caso específico do setor da Saúde, os trabalhadores reivindicam 20% em reposição salarial. “Também somos contra a privatização dos hospitais universitários, por meio da empresa Empresa Brasileira de Serviços Hospitalare [EBServ]”, acrescentou Monn. A empresa foi criada pelo governo para administrar unidades hospitalares e, apesar de ser pública, conta com participação de capital privado.
O Sinditest acusa o governo federal de não manter negociação com os grevistas. No ano passado, os servidores federais ficaram paralisados por 115 dias. Segundo Monn, de lá para cá foram 52 reuniões com o Ministério do Planejamento, mas nenhuma proposta teria sido apresentada aos trabalhadores. “Não é uma mesa de negociação, é uma mesa de enrolação. O governo se nega ao diálogo”, disse o dirigente sindical. (GP)

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