Ontem, com a barulhenta banda do PMDB entrando em campo na Boca
maldita sob a batuta do general, só da banda, Doático ocorreu a mostra de que a
campanha já está em definitivo nas ruas. Embora as contradições do discurso
proferido por este atinja a si próprio, já que ao pregar a renovação total dos
políticos da Câmara ele atingiu a si mesmo por já ter exercido um mandato, como
atinge dois de seus pares partidários. No caso a Noêmia, que quer ser reeleita, e o nada probo Algaci,
réu confesso no último escândalo. Assim o general da banda do PMDB mais uma vez
mostra a face.
Os candidatos percorrem a cidade pregando de forma pontual e nada
estratégicas as sempre mesmas velhas novidades que, se eleitos, irão fazer. As
generalizações, em cima do que pontualmente é específico, dão o tom ao discurso
da oposição, nisto um buraco na rua se torna a imagem do caos total.
O Gustavo, que bandeou de lado, oposicionista de última hora,
tenta firmar o discurso que só faz a aliança com os petistas, ex-inimigos de
até a um ano atrás, "pelo bem de Curitiba". Dentro do PT o pau come,
tanto do lado que não aceita outra hipótese que não seja a candidatura própria,
como dos diversos grupos querendo emplacar o vice, o que apavora ao Gustavo,
que vê aquele amontoado de sem votos, candidatos a candidatos a vice, o pressionando,
sem o serem, com o discurso de serem os
vices ideais. O único que poderia ser o vice, o Vanhoni, já que de fato tem
votos, está em cima do muro e não mostra a intenção de se expor virando alvo
fácil, pois as patrulhas já estão em campo e vasculham o passado e o presente
atrás das contradições, que com certeza irão virar tema de campanha.
O Greca, que já foi prefeito e fez tão "bom trabalho" na
prefeitura que nem ao menos o povo lembrou dele na última eleição para o eleger
deputado estadual, diz que com ele vai ser diferente, assim tenta vender o
velho como o "novo novíssimo", sendo que a única coisa nova no que já
foi um dia o "menino de ouro" do lernismo é a sua aliança com o
antigo desafeto Requião, o que um dia chamou de "exu de encosto" da
política paranaense. O tempo passa, o tempo voa e as memórias se apagam, como
os discursos mudam de acordo com sabor da correnteza da disputa eleitoreira.
O jovem Ratinho Junior, que cresce no embalo do poder de
comunicação da emissora do pai, tenta mostrar para o que veio. Em uma campanha
de bons bofes circula pela cidade fazendo desta uma campanha propositiva, mas
enquanto isto ocorre o discurso contra os adversários são feitos pela Massa
para a massa, assim este não se queima na tentativa de desqualificar os
adversários, jogada esperta e eficiente.
O Ducci, atual prefeito, prioriza as obras e dentro do possível
tenta propor o futuro, e ele vem de metrô, mas está criança, que antes ninguém
tornou realidade trazendo a vida, terá "um monte de pais". No poder
ele é vidraça, mas fará de tudo para que os estilhaços de vidro venham a ferir
os seus adversários, que esquecem que também são vidraças. Todos possuem um
passado e este não dá para apagar, ainda mais em uma eleição de cunho
municipal.
Está aberta a temporada de caça ao eleitor!
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