"Não mudei minha opinião. Combati a corrupção em Brasília, ... Fiz meu trabalho, não tenho porque mudar de posição. Aliás, ninguém me pediu para reavaliar nada do que fiz. Isso é pura especulação."
Gustavo Fruet
Lula e Fruet precisam conversar, afirma ministro
Depois da decisão do PT de Curitiba de apoiar a candidatura do Gustavo Fruet (PDT), a questão se voltou sobre a presença do ex-presidente Lula na campanha. Nos bastidores fala-se que Lula teria exigido uma retratação de Fruet sobre o caso mensalão.
Eu não sei se o Lula vem [a Curitiba]. Nós esperamos que venha, mas não combinou de vir. E também não pediu para ninguém fazer retratação nenhuma. Nós não estamos discutindo o mensalão e a atuação do Gustavo Fruet. Ele era um deputado do PSDB. Eu acho perfeitamente cabível que tivesse a atuação que teve. Seria estranho se fosse do PSDB e ficasse elogiando o governo. Ele teve desavenças dentro do PSDB. Ficou claro que não tinha espaço para ele ser candidato. Saiu do PSDB e nós discutimos com ele a possibilidade de vir para um partido aliado e termos uma aliança para ganhar a eleição. Para nós é isso que está em discussão. Não dá para apagar o que aconteceu, mas fazer política olhando para sete anos atrás seria um erro. Acho que temos de fazer política olhando para frente.
Então o Lula vai estar no palanque?
Eu acredito e espero que esteja. Nós conversamos com ele em maio do ano passado. Eu e a Gleisi [Hoffmann, chefe da Casa Civil e esposa de Paulo Bernardo] conversamos e ele [Lula] ponderou justamente isso: que iam ficar pegando no pé dizendo que ele [Fruet] falou mal do PT no caso do mensalão. Recentemente estive com Lula no hospital e falei que nós estávamos perto de decidir. E ele disse que achava bom, importante, e que depois queria conversar com o Fruet, marcar uma reunião. Eu já falei com o Fruet para marcar uma ida até lá para pedir para Lula vir aqui [para Curitiba]. A agenda do Lula vai ser concorrida, mas Curitiba é uma cidade importante. (GP)
Recuerdos del Paraguay:
A mesma postura
Gustavo Fruet foi “bombardeado” pela imprensa que queria
saber o que mudou deste a época em que era oposição ao governo do PT até agora.
Ele garantiu que “nada mudou”. Fruet fez questão de frisar que quando foi
relator de uma das sub-comissões da CPI dos Correios, que denunciou o esquema
do “mensalão”, apresentou relatórios que apontavam para o PT mas também para o
PSDB, seu ex-partido (no caso, para o governo da época de Minas Gerais).
Segundo o pré-candidato, se tivesse agido de “forma irresponsável o PT não
teria aberto as portas para esta aliança”. (Roseli Abrão)