terça-feira, 29 de maio de 2012

Índios do Sul do país ocupam prédio do Ministério da Saúde


          Índios do Sul do país fazem uma pajelança na entrada do Ministério da Saúde
Cerca de 80 índios ocuparam parte do prédio do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pouco antes das 7h desta terça-feira(29). Formado por membros das etnias Kaingang, Guarani e Charrua do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, o grupo reivindica do governo federal maior atenção à saúde indígena.
Segundo Pedro Kaingang, um dos representantes do movimento, a ocupação é um protesto diante da falta de resposta do governo às reivindicações indígenas. De acordo com ele, além de ocuparem o ministério, os índios vão bloquear o tráfego de todas as estradas vicinais que cortem ou passem próximo às aldeias existentes nos três estados caso o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não lhes atenda.De acordo com a agenda divulgada pela assessoria do ministério, o primeiro compromisso de Padilha é uma reunião, no próprio ministério, às 9h.
"A razão principal da nossa revolta é a mortalidade indígena provocada pela falta de definição de uma adequada política de atendimento à saúde indígena por parte do Ministério da Saúde. Há tempos, reivindicamos atenção integral. Nos enchem de promessa, mas não fazem nada", disse Pedro à Agência Brasil, lembrando a existência de grande número de crianças com desnutrição ou risco nutricional.Segundo o representante kaingang, faltam remédios nos postos de atendimento das aldeias do Sul do país, o número de profissionais de saúde é insuficiente e boa parte das comunidades sofre com a falta de meios quando precisa transportar seus doentes para a cidade.
Parte do grupo ocupa o 4º andar do ministério, onde funciona a Secretaria Especial de Saúde Indígena, responsável por coordenar e executar o processo de gestão do subsistema de atenção à saúde indígena em todo o país. O restante permanece na portaria do edifício, no andar térreo.(AB)

1 comentários :

Gustavo Moreira disse...

Os caras são muito raçudos: resistiram a séculos de perseguição e décadas de abandono.

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