quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ex-assessor volta a denunciar Barbosa Neto, agora na Polícia Federal

O ex-assessor parlamentar de Barbosa Neto (PDT), Luciano Lopes, depôs na Polícia Federal de Londrina nesta quarta-feira (11). Ele confirmou as denúncias feitas há quatro anos à Procuradoria-Geral da República de que o atual prefeito de Londrina, quando era deputado federal, ficava com parte dos salários de assessores fantasmas.

O depoente foi ouvido pela delegada Miriam Fumie Takano Omori por cerca de duas horas. "Eu disse a verdade, que o Barbosa Neto enriqueceu às custas dos cofres públicos. Ele retinha os salários dos então assessores em Brasília e empregava esses recursos na rádio e em outros setores da vida privada dele", colocou à rádio CBN.

As denúncias feitas por Luciano vieram a público em 2008, mesmo ano em que ele foi detido, acusado de extorquir Barbosa Neto. Ele foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Federal quando saía da casa do deputado federal, Alex Canziani, a quem também prestava serviços, com R$ 23 mil.

O ex-assessor parlamentar afirma que foi alvo de uma cilada, arquitetada por Barbosa Neto. Ele garante que já havia denunciado o atual prefeito de Londrina há quatro meses e não teria o porquê realizar chantagens. Diante das acusações, ele cobra uma fechamento do caso pela Justiça. "O que aconteceu? Onde está o processo? Eu sou o principal interessado nesse esclarecimento", comentou.

Segundo o relato do denunciante, Barbosa Neto agia na retenção de salários na Câmara Federal, assim como na Assembleia Legislativa. "O modus operandi do Barbosa é o mesmo, tanto na Alep quanto na Câmara Federal. Tanto que da época da Assembleia, enquanto era deputado estadual, existe um processo em andamento chamado "Gafanhotos", no qual ele responde por peculato. E agora esse é um novo inquérito que trata exclusivamente dos desvios enquanto ele era deputado federal em Brasília", afirmou.

Segundo dados da rádio CBN, Lopes não disse quantos funcionários fantasmas Barbosa Neto mantinha, mas lembrou do caso de Rogério Bertipaglia. No caso do funcionário, o cartão do banco ficaria diretamente com a esposa do prefeito de Londrina, Ana Laura Lino, para que ela fizesse o saque do vencimento.

O ex-assessor disse que o dinheiro para que Barbosa Neto comprasse da rádio Brasil Sul AM veio da corrupção. "A rádio foi adquirida por R$ 1,4 milhão na época em que ele era deputado federal. Se vocês tiveram curiosidade de ver qual era a fonte de rendimento dele naquele momento, em 2005, ele só era deputado estadual. Aí esse disse que era o maior vendedor de propaganda do Paraná. Ora se ele se ele era o maior vendedor, então ele também era o maior sonegador do Paraná porque se você pegar o imposto de renda dele não existe isso contabilizado", disse.

A delegada Miriam Omori não quis se pronunciar sobre o caso, de acordo com dados da rádio CBN. (O Diário)



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