segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

EUA, UE, China e Brasil X crise: Quadro preocupante

Está nova classe média, se é que quem ganha 1250 reais pode ser tratado como tal, tem o seu sub-consumo baseado mais no endividamento pelo crédito fácil do que pela sua capacidade de poupar, acumular e consumir. Ela, que acreditou que era um ótimo negócio comprar, por causa do acesso fácil ao crédito aos de baixa renda, como pela baixa dos impostos, caiu na armadilha do mercado e hoje sucumbe aos altos juros. Assim o cidadão que comprou um produto, acabou pagando por dois ou três. Hoje ela está toda endividada e a sua capacidade de comprar a prazo está praticamente esgotada. Estimulada pelo governo ao consumo, e por se descontrolar nas compras, comprou e compra além do que podia e pode, assim a inadimplência aumenta a cada dia e isto afetará no juros e nas concessões de linhas de crédito. Este é um dos fatores que levam aos poucos ao desaquecimento interno da economia e ao desemprego no setor industrial. Somando este fator com a nossa fronteira escancarada aos produtos importados, principalmente da China, e somarmos ao altos juros e impostos, o quadro para a indústria nacional fica ainda mais complicado, e desindustrialização assim já se faz presente. Sem uma indústria forte cada vez menos agregamos valores a nossa produção e nos tornamos cada vez mero exportadores de produtos primários, como trabalhadores pessimamante remunerados.


Quando acabarem os recursos do FGTS e da Poupança, que é pouca, como ficará o setor da construção civil? No campo a mecanização avança sobre os canaviais, cafezais, etc., e logo nem ao menos estes trabalhos semi-escravizadores estarão a disposição.

A Europa e os EUA estão comprando menos commodities, como as compras por parte da China, embora menos expressivas do ponto de vista do desaquecimento, também já se torna realidade. A maior parte das vendas externas do mercado chinês são feitas para os mercados desenvolvidos, e estes passam por crise estrutural na Europa e por sérios problemas na Ásia e nos EUA. Com o "primeiro mundo" sendo atingido fortemente pela crise o consumo deste diminui e com isto as exportações chinesas, o que para nós, cada vez mais reféns da China, a médio prazo é muito preocupante. Eles produzindo menos irão comprar menos produtos primários. Outro fator preocupante é com o tempo a crise trazendo a exacerbação do chauvinismo e com ele das medidas protecionistas de mercado.

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