segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Anvisa quer banir do país mais dois agrotóxicos

Considerando estudos científicos que apontam para problemas de saúde, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou, nesta segunda-feira, consultas públicas com o objetivo de banir dois agrotóxicos registrados no país: a parationa metílica e o forato.

A primeira substância tem uso autorizado em culturas de algodão, alho, arroz, batata, cebola, feijão, milho, soja e trigo, segundo a agência. Estão ligados a problemas neurotóxicos, imunotóxicos, mutagênicos e provocam toxicidade para os sistemas endócrino e reprodutor e para o desenvolvimento de embriões e fetos, além de gerar desordens psiquiátricas, informa a Anvisa.

Já o forato --usado no cultivo do algodão, amendoim, batata, café, feijão, milho, tomate e trigo-- "pode provocar letalidade em doses baixas, por diferentes vias de exposição, e está associado com diabetesmellitus na gravidez, toxicidade reprodutiva e para o sistema respiratório, nefrotoxicidade e neurotoxicidade", relata a agência.

Segundo o Ministério da Agricultura, as duas substâncias estão em "descontinuidade natural há muitos anos no Brasil", e o forato, especificamente, não é mais comercializado no país, segundo estatísticas do ministério.

Os dois agrotóxicos já foram banidos da Comunidade Europeia, diz a Anvisa.

O forato e a parationa metílica constam de uma lista de 14 agrotóxicos em reavaliação pela agência desde 2008.

Procuradas, a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal) e o Sindag (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola) disseram que não se posicionariam sobre os impactos práticos da consulta, porque elas podem levar a diferentes decisões: da permanência do produto no mercado ao seu banimento total.

As consultas ficam no ar por 60 dias no site da Anvisa. (Uol)

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