quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Niemeyer completa 104 anos e apresenta sede da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

A maquete das futuras instalações da Unila.

1. Prédio dos laboratórios
2. Biblioteca
3. Anfiteatro com 1.500 lugares
4. Passarela de ligação entre os prédios
5. Restaurante universitário
6. Edifício central
7. Centro de recepção de visitantes
8. Prédio onde ficarão as salas de aula

O arquiteto Oscar Niemeyer apresentará nesta quinta-feira, por ocasião da celebração de seu 104º aniversário, os projetos que desenhou para a sede da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) em uma nova edição da revista que edita.

"Como sempre a comemoração será limitada a seus amigos mais íntimos, em casa, mas, para não deixar o dia passar em branco, Niemeyer fez coincidir o aniversário com o lançamento da 11ª edição da (revista) Nosso Caminho", disse Luiz Otavio Barreto Leite, um de seus colaboradores.

A revista, outra iniciativa de Niemeyer para continuar ativo e expor suas ideias, destacará nesta edição os planos da sede da Universidade Latino-Americana, que está sendo construída em Foz do Iguaçu, na fronteira com Argentina e Paraguai.

"A revista incluirá um texto inédito sobre o Haiti do (escritor uruguaio) Eduardo Galeano e uma extensa homenagem a Vinícius de Moraes, mas no que Niemeyer mais trabalhou foi na apresentação de suas ideias para a Universidade Latino-Americana e dos diferentes detalhes da obra", antecipou seu colaborador.

De acordo com Leite, "se trata de um projeto pelo qual Niemeyer tem muito apreço" e com o qual quer desenvolver uma velha aspiração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da atual governante Dilma Rousseff.

O projeto para a universidade, que ocupará 40 hectares na sede de Itaipu, a hidrelétrica compartilhada por Brasil e Paraguai, inclui seis edifícios, alguns já em construção, destinados à reitoria, biblioteca, anfiteatro, restaurante, laboratórios e salas de aula.

Segundo o Governo Federal, a universidade terá capacidade para dez mil estudantes, metade brasileiros e metade de outros países latino-americanos, e oferecerá cursos nas áreas de ciências e humanidades, tanto em espanhol como em português.

A revista Nosso Caminho também apresentará em sua nova edição outros dois projetos desenvolvidos pelo arquiteto nos últimos meses. O primeiro é uma residência particular na Inglaterra que Niemeyer, nascido no Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1907, quer transformar em um modelo da arquitetura moderna.

O outro é o Teatro Musical Rio's, um enorme espaço destinado a shows e musicais, situado no Aterro do Flamengo, que ainda precisa do aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Prefeitura do Rio para sair do papel.

"A dedicação às diferentes obras que lhe encomendaram, à revista, a seus encontros com amigos para falar de filosofia e a outras atividades é uma forma de mostrar que quer seguir ativo e que não pensa em se aposentar", comentou o colaborador de Niemeyer.

Há exatamente um ano, quando completou 103 anos, o arquiteto de Brasília surpreendeu ao apresentar a letra de um samba que compôs com o enfermeiro Caio Almeida e o músico Edu Krieger. A composição foi a forma que encontrou para se distrair durante o período em que esteve internado em um hospital pelos problemas de saúde que sofreu no ano passado.

Por ocasião do 104º aniversário do artista, o recém criado Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro realizará amanhã sua primeira reunião em homenagem a Niemeyer, um dos impulsores do órgão.

Outra homenagem acontecerá no Parque Dona Lindu, projetado por Niemeyer no Recife, onde será inaugurada nesta quinta-feira uma exposição retrospectiva de sua obra que incluirá esculturas, maquetes e desenhos.

Se o 103º aniversário do arquiteto esteve marcado pela inauguração de um dos edifícios que desenhou para o Centro Cultural Oscar Niemeyer em Avilês, na Espanha, o 104º o estará por mudanças na administração do espaço e a possível retirada do nome do brasileiro do complexo.

O Governo do Principado de Astúrias anunciou no meio de uma polêmica que na quinta-feira assumirá a gestão do Centro, até agora administrado pela Fundação Oscar Niemeyer, e por isso o local terá que mudar de nome. (EFE)

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