quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Deputado Fernando Francischini denuncia ligação de Agnelo com laranjas no DF

Atos de ofício em poder do Ministério Público revelam que o governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz (PT), quando diretor da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2007 a 2010, teria mantido relação promíscua com um casal de "laranjas". Segundo documentos recolhidos em cartórios, junta comercial e Serasa e divulgados hoje pelo deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), esse casal de laranjas transferiu bens - imóveis, empresas e franquias, num montante de cerca de R$ 10 milhões, para familiares de Agnelo, inclusive para a mãe, três irmãos e um cunhado do atual governador do DF.

Francischini reforçou o pedido de prisão do governador por obstrução da Justiça, além da quebra de sigilos bancário e fiscal e o bloqueio dos bens de Agnelo e de seus familiares. "Ele tem que vir a público provar de onde saiu o dinheiro para compra de todos esses bens", cobrou o deputado.

Os laranjas, conforme mostram os papéis, são o advogado Glauco Alves Santos e sua mulher, Juliana Roriz Suaiden Santos, servidora pública, de quem Agnelo comprou, em março de 2007, a mansão em que vive atualmente. O imóvel, no setor de Mansões Dom Bosco, um dos endereços mais caros de Brasília, foi registrado por R$ 400 mil, quando seu valor de mercado era avaliado em R$ 2 milhões à época.

A partir daí, o casal aparece como intermediário de sucessivas compras de bens por familiares de Agnelo, entre os quais franquias de uma rede fast food em três shoppings e a confeitaria Torteria Di Lorenza, uma das mais famosas da cidade. "Vejo aí crimes de corrupção, improbidade e lavagem de dinheiro", explicou o parlamentar, que é delegado federal licenciado.

Os documentos, segundo ele, comprometem ainda mais a situação do governador, que responde a inquérito criminal no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pode até ser afastado por corrupção de testemunhas e obstrução da Justiça, como ocorreu com seu antecessor, José Roberto Arruda, preso e cassado em 2010 na Operação Caixa de Pandora.

O inquérito, de número 761, está em análise no Ministério Público para oferecimento de denúncia. A seguir, será devolvido ao relator, ministro Cesar Asfor Rocha. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que vai pedir informações à Polícia Federal sobre a apuração do suposto enriquecimento ilícito de parentes de Agnelo, segundo noticiou a revista Isto É. (AE)

1 comentários :

Joselito Mendes Oliveira disse...

O Arruda foi preso, disseram, porque estaria tentando corromper uma testemunha, o jornalista Sombra, para que ele declarasse que os vídeos que mostram políticos de Brasília recebendo dinheiro foram manipulados pelo delator Durval Barbosa.

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