sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vazamento de petróleo causado pela Chevron: A empresa deverá levar multa milionária

A Chevron não deve escapar de uma multa milionária quando terminar a investigação sobre o vazamento de petróleo na área do campo Frade, na bacia de Campos. Magda Chambriard, diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), disse que só é possível falar, no momento, em "multa potencial", cujo montante será proporcional à infração e à capacidade financeira da empresa, conforme prevê a legislação. Continuam existindo divergências entre as estimativas da Chevron para o total de petróleo que chegou à superfície e as da ANP. A diretora da ANP explicou que inicialmente a empresa informou que vazavam entre meio e um barril por hora, o que se viu mais tarde ser um volume muito maior. Ontem, a autoridade informou que o vazamento chegou a ser de 200 a 330 barris por dia, bem mais do que a concessionária informou. E bem menos do que calculava ontem o blog americano SkyTruth, que informou o vazamento de 3.738 barris por dia. O vazamento de óleo pode ganhar força por conta de um fenômeno natural, chamado pelo secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc, de "rotator de corrente". Embora ele ocorra em alto-mar, a mais de 100 quilômetros da costa, sua força provoca uma espécie de rodamoinho. O que entra ali pode ser jogado para perto do litoral, numa área entre Rio das Ostras e Búzios. Ciente da força deste evento, sua pasta deslocou técnicos do Instituto Estadual de Ambiente (Inea) para a região. Os estragos estimulados pelo rotator teriam um efeito especialmente danoso naquela área e nesta época do ano. Na região porque ela é palco de um fenômeno único no mundo conhecido como ressurgência - o encontro de águas quentes, provenientes do norte, com frias, vindas do sul, que provocam a subida de nutrientes, atraindo uma biodiversidade que, até agora, tem escapado relativamente ilesa dos danos ambientais provocados pelas plataformas de petróleo. A época do ano também não é a melhor para um incidente desta magnitude. Entre o fim de outubro e o início de dezembro, passam pelo litoral fluminense espécies de baleias, como a jubarte. (Nicomex)


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