sexta-feira, 18 de novembro de 2011

PF vai intimar funcionários da Chevron sobre vazamento de óleo


Funcionários da petroleira devem ser ouvidos na semana que vem.
Vazamento na Bacia de Campos foi anunciado há 8 dias.

Funcionários da petroleira Chevron serão intimados a partir desta sexta-feira (18) para prestar depoimentos no inquérito da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal que apura os responsáveis pelo vazamento de óleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, disse o delegado responsável pelo caso, Fábio Scliar.

De acordo com Scliar, cerca de seis funcionários devem ser ouvidos até a sexta-feira da semana que vem. Os depoimentos devem acontecer na terça, quarta e sexta-feira. O delegado informou, contudo, que como muitos funcionários estão trabalhando na plataforma, que fica no oceano, há a possibilidade de não conseguir ouvi-los já na semana que vem.

A PF já intimou para também depor no inquérito a diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard.

Scliar disse que o inquérito busca apurar os responsáveis pelo vazamento. O crime previsto é o de poluição, previsto na lei de crimes ambientais (Lei 9.605/98), explicou o delegado. A pena prevista é de um a cinco anos de prisão.

De acordo com Scliar, técnicos da PF estiveram na plataforma no dia 15 e encontraram divergências sobre o que foi informado pela Chevron sobre o vazamento. Entre elas estão a quantidade de navios que recolhem o óleo no local (a empresa afirmou que são 17 e a PF encontrou apenas um, de acordo com o delegado), o tempo para a selagem do poço e o tamanho da mancha de óleo.

A petroleira comunicou sobre o vazamento no poço no campo de Frade no último dia 10.

Nesta quinta-feira (17), a Chevron afirmou que estimativa sobre o volume de óleo na superfície do oceano causado pelo vazamento caiu para “abaixo de 65 barris”. A estimativa anterior da empresa era de 400 a 650 barris - uma redução de até dez vezes.

A empresa, contudo, não estimou quanto de petróleo foi de fato retirado do mar pelas embarcações que atuam na limpeza da mancha e qual volume que pode ter afundado no oceano.

Ainda na quinta, o Comando de Operações Navais da Marinha informou que a mancha de óleo no campo de Frade aumentou. Mas, de acordo com o órgão, embora a mancha tenha se espalhado, ela ficou menos densa. A expansão, segundo a Marinha, teria ocorido por efeito do vento e da maré, e teria sido detectada por sobrevoos e imagens de satélites. (G1)

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