domingo, 20 de novembro de 2011

ONG centro de denúncias contra Lupi atua em Maringá

A Fundação Pró-Cerrado (FPC), organização não governamental com sede em Goiás instituída pelo empresário Adair Meira, que está no centro da crise que envolve o ministro Carlos Lupi foi contratada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para atuar em Maringá e região. O trabalho começou há cerca de 1 mês, quando a ONG implantou um escritório no centro da cidade.

O contrato, no valor de R$ 922,5 mil, refere-se ao Plano Setorial de Qualificação (Planseq) Sucroalcooleiro. A meta é realizar 53 cursos e qualificar 1.058 cortadores de cana-de-açúcar, desempregados e jovens que buscam o primeiro emprego.

A ONG foi escolhida para realizar a qualificação dos trabalhadores paranaenses após o edital de chamamento público do Planseq Sucroalcooleiro do Paraná ter sido deserto.

O superintendente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), Adriano da Silva Dias, explica que o pedido para realizar o Planseq no Estado partiu da entidade, que inicialmente indicou o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Serviço Nacional da Indústria (Senai) para realizarem os cursos de qualificação.

"Na seleção das entidades não sei exatamente o que aconteceu, mas o Senar e o Senai não foram qualificados e a licitação foi deserta. Depois, soube que o ministério convidou essa ONG, que tinha ganhado a licitação lá em Goiás para assumir a qualificação no Paraná", conta o superintendente.

Dias relata que na última semana pediu uma avaliação aos representantes das usinas sobre as primeiras aulas dos cursos de qualificação. "Não recebi até agora nada que desabonasse e nem nada elogiando. Estou esperando uma resposta", afirma.

A preocupação do superintendente se deve ao fato de que os empresários do setor pagam os salários dos funcionários que fazem os cursos e, por isso, esperam resultados positivos.

"Se não for satisfatório seremos os primeiros a oficializar o ministério. Estamos aqui para zelar pela qualidade técnica da capacitação dos funcionários", diz.

Dias afirma que os empresários do setor sucroalcooleiro paranaense ficaram receosos com as notícias veiculadas nos últimos dias sobre a ONG e o ministro do Trabalho. "Mandamos uma mensagem para que a ONG nos esclarecesse. Os empresários estão preocupados porque estão ajudando a custear parte dos cursos e querem fazer o negócio bem feito", ressalta.

A coordenadora da FPC em Maringá, Maria Isabel Marques Afonso, explica que o trabalho do Planseq Sucroalcooleiro no Estado está apenas começando e que a ONG vai cumprir com o objeto do contrato de "qualificar os trabalhadores que poderão perder o emprego com a mecanização das lavouras de cana-de-açúcar, profissionais que estejam desempregados e jovens em busca de qualificação para o primeiro emprego".

Sobre o envolvimento da FPC nas denúncias contra o ministro, Maria Isabel afirma que não tem nem autorização e nem conhecimento para falar. "Todos sofremos com a situação, mas somos a equipe de execução. Não compete a gente, em Maringá, dizer qualquer coisa." (O Diário)

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles