terça-feira, 18 de outubro de 2011

Assassinatos para comércio de órgãos: Recomeça júri de acusados por mortes em transplantes

Foi retomado nesta terça (18) o julgamento dos três médicos acusados de homicídio durante cirurgia de retirada de rins, em quatro pacientes ainda vivos, para supostamente serem usados em transplantes particulares, em Taubaté (SP), há cerca de 25 anos.

O julgamento começou por volta das 9h15. Nesta terça serão ouvidos nove testemunhas de defesa e os três acusados serão interrogados. A previsão é que o julgamento seja concluído na quarta (19). Se condenados os médicos poderão ficar presos de 6 a 20 anos.

Estão no banco dos réus os urologistas Pedro Henrique Masjuan Torrecillas e Rui Noronha Sacramento, além do neurocirurgião e legistaMariano Fiore Júnior. Eles são acusados de provocar a morte dos pacientes Miguel da Silva, Alex de Lima, Irani Gobo e José Faria Carneiro, que faleceram em 1986, após a retirada dos seus rins.

Os crimes teriam ocorrido no Hospital Santa Isabel das Clínicas, entre setembro e dezembro de 1986, e ficaram conhecidos como "caso Kalume" - em referência ao médico Roosevelt Sá Kalume, que na época, era o diretor do hospital e denunciou o caso.

Saiba mais:

Médicos acusados por mortes em transplantes vão a júri

Médicos são acusados de terem provocado a morte de quatro pacientes entre setembro e dezembro de 1986.

Os médicos Pedro Henrique Masjuan Torrecillas, Rui Noronha Sacramento e Mariano Fiore Júnior irão a júri popular em Taubaté acusados de quatro homicídios dolosos contra os pacientes Miguel da Silva, Alex de Lima, Irani Gobo e José Faria Carneiro, que morreram entre setembro e dezembro de 1986.

Depois da operação, o neurocirurgião e legista Mariano Fiori concluía como causa mortis exclusivamente as lesões cerebrais experimentadas pelas vítimas (traumatismo craniano, raquimedular ou aneurisma), ocultando a causa direta e eficiente das mortes: a retirada dos rins dos pacientes.

Os prontuários médicos e os laudos das angiografias cerebrais relativos a esses pacientes foram apreendidos e submetidos à análise de peritos, que concluíram que as vítimas não tinham diagnóstico seguro de morte encefálica apta a amparar a realização das cirurgias de retirada dos rins.

Também foram denunciados pelos mesmos crimes os médicos Antônio Aurélio de Carvalho Monteiro, que faleceu no ano passado, e José Carlos Natrielli de Almeida, que acabou impronunciado a pedido do Ministério Público.


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