Parte da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa do Paraná vai se reunir amanhã em Brasília com a Executiva nacional do partido para explicar a adesão da legenda ao governo Beto Richa (PSDB). Segundo o deputado Nereu Moura, porém, será feita apenas uma apresentação de motivos e não um pedido de autorização para apoiar os tucanos no estado.
Apesar de o deputado licenciado Luiz Claudio Romanelli ser secretário estadual do Trabalho desde o início do mandato de Richa, a adesão oficial do PMDB local ao governo do PSDB foi tomada apenas nas últimas semanas. A decisão, no entanto, recebeu críticas do senador Roberto Requião e do ex-governador Orlando Pessuti – esse último, inclusive, ameaçou deixar o partido na semana passada.
“A executiva nacional não tem poder para mudar nossa posição. Por respeito e deferência, nós vamos a Brasília informá-los sobre o que decidimos”, disse Moura, que será acompanhado pelos deputados Caíto Quintana, Ademir Bier e Alexandre Curi. “Não estamos virando a casaca, mas tentando pensar grande, no desenvolvimento do Paraná e no fortalecimento do partido.”
Além de ressaltar que, no plano nacional, o PMDB do Paraná continua apoiando a presidente Dilma Rousseff, Moura disse que respeita o posicionamento de Requião e de Pessuti. Apesar disso, defendeu que o rompimento político entre os dois não pode continuar fragilizando o partido no estado. “Tem muita gente querendo plantar a cizânia e a divisão no PMDB, mas vamos continuar trabalhando pelo fortalecimento do partido”, afirmou.
Mais compromissos
Presidente da Comissão de Orçamento da Assembleia, o deputado também se reunirá com o presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para discutir o tema. “Hoje, o Legislativo finge que faz o orçamento e o governo finge que cumpre. E tudo fica na conversa. O orçamento não pode ser uma lei de mentirinha, uma peça de ficção.” (GP)
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