sábado, 6 de agosto de 2011

Sobe para 6 o número de cidades em situação de emergência no Paraná

Já chega a seis o número de cidades do Paraná que decretaram situação de emergência por conta dos estragos das chuvas ocorridas no fim de semana. Além de Prudentópolis, Rebouças eImbituva, no Sudeste do Estado, que haviam feito o anúncio na manhã desta sexta-feira (5), Irati, também no Sudeste, Salto do Lontra, no Sudoeste do Estado, e Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, também decretaram emergência.

Ao todo, 150.793 já sofreram com as consequências das fortes chuvas no Paraná, em 29 cidades do Estado, de acordo com o relatório da Coordenadoria de Defesa Civil do Estado. Deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e alagamentos são as principais causas de destrições nessas cidades.

Em Rio Branco do Sul, 20 casas foram destruidas com os deslizamentos de terra. O município teve, até a tarde desta sexta-feira, 100 pessoas afetadas pelas chuvas, segundo o balanço atualizado da Defesa Civil. Em Salto do Lontra, foram 60 as casas que também ficaram totalmente destruídas. Ao todo, o município tem 10 desabrigados (pessoas vivendo em locais públicos) e 450 pessoas já sofreram com os prejuízos dos temporais.

A cidade de Irati contabiliza 3.500 moradores atingidos pelas consequências das chuvas até a sexta-feira. No município, 18 casas ficaram destruídas e 15 pressoas permanecem desalojadas, morando em casas de parentes e amigos.

Dificuldades de reconstrução

Prudentópolis acumula prejuízos com alagamentos e enxurradas. A defesa civil local já contabiliza 70 pessoas desabrigadas, que foram deslocadas para um abrigo comunitário e receberam alimentos e roupas. Segundo o coordenador municipal da defesa civil em Prudentópolis, João Maurício Campolin, os moradores no interior do município são os que mais sofrem com os prejuízos.

Os bairros Vila da Luz, Vila Nova, Vila Mariana e Jardim Delmira são os mais afetados pelos alagamentos. A principal causa apontada pelo coordenador é a falta de estrutura de um lago construído no Rio Xaxim para represar as cheias. “O lago foi feito para diminuir alagamentos no centro, mas acabou prejudicando outros bairros”, comenta.

Algumas comunidades do interior estão isoladas e a assistência chega com barcos, que conduzem as pessoas aos locais de atendimento médico. Cerca de 800 habitantes já precisaram do serviço, de acordo com Campolin. A Estrada Municipal de Prudentópolis, que liga a área urbana da cidade ao distrito de Jaciaba, até a tarde de sexta-feira, estava com cerca de 850 metros de asfalto debaixo d’água, devido a cheia do Rio São João.

O Rio Ivaí, que nasce na cidade com o encontro dos rios São João e Dos Patos, chegou a ficar 10 metros acima do nível normal no início da semana, de acordo com a defesa civil. “Mesmo as casas que ficavam a 200 metros da margem foram inundadas pela cheia”, comenta Campolin.

A forte chuva também causou destruição na área urbana de Prudentópolis. Segundo o coordenador local da defesa civil, 120 bueiros foram arrancados e 30 pontes ficaram destruídas. Pelo menos 100 quilômetros de asfalto foram varridos pela água. “Nosso principal problema agora é a reconstrução dos locais afetados. O custo é alto”, comenta Campolin.

Outras cidades

Em Rebouças, 3.040 pessoas foram afetadas pelas chuvas, de acordo com o relatório da defesa civil divulgado na tarde desta sexta-feira. A cidade decretou situação de emergência na quinta-feira. Ao todo 50 casas foram destruídas, o que obrigou 50 famílias a serem abrigadas em locais comunitários. O município sofre os prejuízos de enxurradas desde o último fim de semana.

Segundo o prefeito da cidade, Luiz Everaldo Zak, a água do Rio Potinga e de seus afluentes, que cortam o município, voltou ao nível normal na quinta-feira, o que possibilitou as famílias desabrigadas a retornarem a suas casas. A cidade, contudo, agora contabiliza prejuízos em ruas e estradas que tiveram a pavimentação danificada pela enxurrada, além de casas que foram destruídas.

“Faltam recursos para colocar a cidade em ordem novamente. Não temos como dar assistência com materiais de construção aos cidadãos atingidos”, comenta o prefeito, que também reclama da demora na obtenção do que é necessário para a reconstrução dos locais afetados. “Seria necessário um órgão específico para atender as cidades em situação de emergência. O processo é muito burocrático”.

Próximo à Rebouças, Imbituva segue situação semelhante, com 1.876 pessoas atingidas pelos alagamentos e enxurradas. A cidade chegou a contabilizar 11 desabrigados e 32 casas destruídas, de acordo com o balanço da defesa civil divulgado às 14h desta sexta-feira.

Segundo o diretor de operações da defesa civil de Imbituva, Marco Aurélio Sponholz Venske, com a queda de pontes, estragos na área urbana e em estradas rurais, além dos danos em residências, o município já contabiliza R$ 1,5 milhão em prejuízos. (GP)

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