sábado, 6 de agosto de 2011

DO BLOG DA JU: Botox, Lipoaspiração e a Beleza

Botox, Lipoaspiração e a Beleza

Botox, plástica, silicone, tintura, alisamento, chapinha, "peeling", lipoaspiração, unhas postiças, aplique, anabolizantes, maquiagem, maquiagem definitiva... e ainda não está bom! Ainda não se chegou “lá”!
Possivelmente o “lá” é a imagem de um corpo, pendurado no espelho de nossa fantasia, que não é o seu, o meu.... mas o de uma outra pessoa, que existiu ou existe, na realidade (pós-photoshop) ou que é apenas uma fantasia mental.

Em nossa cultura esquizofrênica, todos os dias as pessoas são bombardeadas pelo apelo à fazerem uma alimentação completamente inadequada que engorda, gera flacidez, acne, estrias, celulite, pneus, envelhecimento precoce e que ao mesmo tempo tem como padrão de beleza corpos esticadinhos, magros demais ou torneados como esculturas, mas de qualquer forma, sem um pingo de gordura. Barriga nem pensar e ainda o ideal (rá!) da “juventude eterna”..
Fica o grande e insoldável mistério de tentar descobrir como um ser-humano comendo batatas fritas em profusão, bolachas, mais bacon fritos e cervejas pode viver sem um pingo de gordura na barriga!

O corpo cuidado! Aquele que se higieniza, cuida, alimenta, hidrata! A boa alimentação, os esportes, os movimentos que nos convidam – e nos conduzem -, ao prazer a alegria de viver: a dança, a academia, a natação, a caminhada, o futebol, o handebol - esta inclinação para o movimento é muito pessoal -, o bom sono, o descanso!...
O corpo que se agride, se mutila, se envenena, se viola, se violenta, se retalha, como se fosse feito de plástico, de lona, ou de borracha “moldável”, para caber nos padrões de alguém, que os inventou.... ninguém sabe quem!

A beleza é como tudo nesta vida: ela vem para todos em proporções diferentes, como a inteligência, a longevidade, algumas habilidades, talentos e dons, aptidões, vocação.
Se nem todos os cérebros humanos, por “n” razões que não vem ao caso neste momento, não produzem uma inteligência fantástica como a de um Einstein, também é verdade que a Beleza (esta mesma com “B” maiscúlo), não é para todos.
Ela tem à ver com qualquer coisa que diferencia um ser humano de todos os outros do seu grupo. Algo à ver com o o tônus e o brilho da pele, dos cabelos, dos olhos, da conformação dos traços, e da sorte de haver nascido numa cultura onde a sua beleza é reconhecida como modelo e padrão. Mas ao mesmo tempo, há de fato uma Beleza (com “B”) reconhecida como que universalmente enquanto tal.

E existe ainda também uma “beleza vazia”, como se ninguém morasse ali.

A beleza gera muitas oportunidades para o(a) belo(a), mas ao contrário do que se pensa, não é o passaporte certo para a felicidade e pode trazer sim uma série de múltiplos problemas.
O belo atrai tanto a admiração como inveja, raiva, cobiça e ódio. Desejos mais-ou-menos violentos e pode trazer à tona recalques nada belos e bastante destrutivos que vem da história de vida de outras pessoas. Assim: pelo simples fato de passar na rua, de entrar num restaurante ou bar, ou de acabar de chegar num novo ambiente de trabalho.
O(a) filho(a) de Afrodite e de Adônis acaba de entrar no recinto coberto da glória, do brilho e da beleza do seu deus, sem nem ter a consciência disto. Entrou assoando o nariz, mas naquele momento, nada supera o impacto da sua presença.

A beleza – o belo (a) é desejado, cobiçado, como se ao “introduzir” uma pessoa bela assim para dentro de nós mesmos nós pudéssemos tanto aprisionar o que de belo vemos nela, como, ao mesmo tempo, nos tornarmos belos como ela. Mas isto não acontece.
E como em tudo que é verdadeiro, há algo de intransferível na beleza, também.
Podemos copiar a cor dos cabelos de alguém.... contudo não podemos reproduzir a mesma textura jamais!

Mas, embora a Beleza (com “B”) não seja realmente para todos, existem outros elementos que tornam uma pessoa muito interessante, muito fascinante: a elegância, a graciosiade, a inteligência, a sensualidade, o humor, o talento, a modéstia, a empatia com outros seres-humanos, uma personalidade forte, uma lenda de vida sendo vivida, uma natureza amorosa.

Tem de ser de verdade, seja o que seja. “Parecido” não vale. "De plástico" não vale! “Copiado” não vale! “Fabricado” não vale! "Colagem" não vale! Descoberto, sim! Cultivado sim!...
Porque de repente, a beleza pode ser entendida e vivida como um jardim, não como uma fábrica de produtos manufaturados e em série.
Um jardim jamais se repete e lida com vida, com as estações do ano, com os ventos, o sol, a lua e as estrelas, com a água e a terra, com as potencialidades presentes ali, em cada semente!

O protótipo esteriotipado de uma pessoa que usamos como modelo jamais será nós (eu, você). Por mais que mutilemos nossos corpos, retalhando-os para que fiquem parecidos com.... (preencha aí!).


De repente no fundo de tudo, o verdadeiro modelo de beleza que nós temos (meio em secreto) somos NÓS MESMO!

Como eu sería belo(a) se realmente estivesse integrado (a), vivendo uma vida que me alimenta verdadeiramente e me enche de alegria e vontade de viver?!
Como seríamos se estivéssemos saudáveis de verdade, fiéis às nossas verdades, vivendo nossos anseios mais honestos e profundos, alimentando o corpo – e a alma – daquilo que eles necessitam realmente?! De que nós necessitamos?!

Como seríamos fantásticos, maravilhosos, cheios de vida!

LINDOS! SERÍAMOS LINDOS!....
De verdade!...
http://juregina.blogspot.com/


1 comentários :

Lara disse...

clapclapclap

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