segunda-feira, 30 de maio de 2011

Estudantes convocam paralisação nacional para esta quarta-feira


A paralisação nacional dos estudantes do Chile, convocada para esta quarta-feira (1), será a última medida para que suas demandas sejam escutadas. Os manifestantes, organizados na Confederação de Estudantes do Chile (Confech), afirmam que, no caso de não terem respostas do governo, a paralisação poderá se estender por tempo indeterminado. O Colégio de Professores já anunciou que apóia a mobilização.

As manifestações ocorrem há semanas. No último dia 26, por exemplo, oito mil estudantes marcharam pelas ruas de Santiago até o Ministério da Educação. Eles conseguiram entregar uma carta ao Ministro Joaquim Lavín, que somente respondeu dizendo estar aberto ao diálogo. Até o momento, não deu respostas às reivindicações dos estudantes.

O movimento reúne estudantes secundaristas e universitários. As demandas estão centradas, principalmente, no estabelecimento de uma transformação no sistema educativo, em um novo mecanismo de acesso à universidade com equidade, o fortalecimento da educação superior pública e mudanças no sistema de bolsas.

No Chile, inclusive as universidade públicas são pagas. Camila Vallejo, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (Fech), afirmou a Telesul que "o sistema educativo é injusto, perverso e uma fraude. Não queremos mais negociação na educação superior, não queremos mais vendedores da educação”.

Os estudantes reivindicam a estatização da educação em todos os níveis. Nesse país, 10% dos estudantes estão em colégios privados, 40% em escolas municipais e o restante em colégios mistos, nos quais os pais e o Estado pagam juntos.

O pagamento de matrículas pode ser feito através de bolsas, na menor parte dos casos, ou com crédito com o aval do Estado. Com isso, os estudantes ficam endividados. "Essa é a educação neoliberal”, afirmam na convocatória os estudantes.

Os estudantes rechaçam as medidas anunciadas pelo presidente Sebastián Piñera, que apontam uma maior privatização da educação. Como a outorga de mais responsabilidades para a gestão das Universidades e o aperfeiçoamento dos mecanismos de financiamento.

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