sexta-feira, 25 de março de 2011

O crack e a estatística dos atos de violência com morte em Curitiba e Região Metropolitana


Embora esteja diminuindo o número de assassinatos em Curitiba e Metropolitana, tanto pela ação social das parcerias entre a PMC, Governo do Estado e o Governo Federal os números ainda continuam preocupantes. No ano passado a violência na Metropolitana de Curitiba matou 1.850 pessoas, o que correspondeu a aproximadamente a média de 154 assassinatos mês. No total foram 1.675 homens e quase 175 mulheres assassinados. Em 2011 a média mensal de assassinatos na Região Metropolitana de Curitiba é de aproximadamente 138.

No ano passado na capital 860 pessoas perderam a vida para a criminalidade. Entre os municípios vizinhos da capital o mais violento foi São José dos Pinhais, com 189 mortes, seguido de Colombo, com 143, e Pinhais e Piraquara, com 123.

O mapa revelou a grande diferença nos números entre os bairros de Curitiba. Dez bairros fecharam o ano sem registrar nenhum assassinato, mas os cinco mais violentos (Cidade Industrial, Cajuru, Sítio Cercado, Tatuquara e Boqueirão) foram responsáveis por 382 assassinatos, o que correspondeu a 44% da totalidade.

A maior parte destes crimes com certeza tem relação a dívidas de viciados com traficantes e nas disputas por pontos de tráfico de drogas, sendo o centro desta guerra o socialmente flagelante consumo de crack.

A maior parte dos que morrem nesta guerra sem face são os jovens (15 a 24 anos) e isso é tão grave que contribui para com que no futuro próximo,pelos números da Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (ONU),tenhamos uma população cuja maioria será composta por mulheres e velhos.

Na Metropolitana de Curitiba não é diferente do que ocorre nas outras capitais. Segundo os dados da Delegacia de Homicídios cerca de 85% dos casos de assassinatos estão relacionados com o tráfico de drogas e a maior parte destas vítimas são jovens.

O que empurra a maioria absoluta destes jovens para a marginalidade é a desestruturação das famílias provocada pela miserabilidade e a falta de investimentos em educação profissionalizante, o que lhes toma o direito de sonhar e planejar os seus futuros. A falta de perspectivas os empurra para o anestesiante efeito das drogas, que por custar caro os levam a praticar atos criminosos para as conseguir obter.

Entre todas as drogas a que é mais vinculada à violência e com maior poder viciante é o crack. Para sustentar o vício e satisfazer a incontrolável necessidade de uso, os usuários adotam qualquer método que lhes renda dinheiro para comprar este tipo de droga.

Toda vez que um viciado em crack acende seu cachimbo assina uma nova sentença de morte. Com o poder de escravizar às primeiras tragadas, a pedra à base de cocaína arrasta o usuário à sarjeta em pouquíssimo tempo. A droga, que avança como uma praga pelo território nacional, faz mais vítimas do que qualquer outra porque afunda o dependente numa degradação física e psicológica que o empurra ao crime para saciar o vício devastador.

O relatório do Narco­denúncia mostra um crescimento na apreensão de pedras de crack no Paraná: de 12.765 em 2003 para 1,3 milhão em 2009. Em 2010, de janeiro até Junho, foram apreendidas 785.688 pedras desta droga em nosso estado.

Há uma estimativa de 1,2 milhões de usuários de crack no país!

Apreensões de crack no Paraná em 2011:

A Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) apreendeu uma quantidade considerada recorde de crack no primeiro bimestre de 2010. Em todo o Paraná foram apreendidos cerca de 84 quilos da droga, apreensão considerada recorde no comparativo da média de apreensões mensais dos últimos dois anos, que foi de cerca de 14 quilos por mês.

Nos primeiros 45 dias de 2011, a quantidade de crack apreendida pela Polícia Rodoviária Federal no Paraná foi três vezes maior do que a descoberta no mesmo período do ano passado. De acordo com a PRF, até 15 de fevereiro, 99,8 kg de crack foram impedidos de chegar aos traficantes e usuários. Em 2010, foram 32,4 kg, em 45 dias. Somando outras apreensões ocorridas depois, o total de crack apreendido pela PRF este ano é de quase 120 quilos. Um quinto do apreendido em todo o ano passado.

Pessoas que foram assassinadas em Curitiba e nos 28 municípios que integram a RMC até o mês de Março de 2011. Não estão incluídas vítimas de confronto com a polícia e latrocínios:

Total de assassinatos : 106

Vítimas:
Homens: 97
Mulheres: 8
Não apurado: 1
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Cidades mais violentas
Curitiba: 52
Colombo: 14
São José dos Pinhais: 12
Almirante Tamandaré: 6
Araucária: 4
Pinhais: 4
Piraquara: 3
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Bairros mais violentos
Cidade Industrial: 12
Uberaba: 6
Cajuru: 5
Guabirotuba: 3
Novo Mundo: 3
Tatuquara: 3
Campo de Santana: 2
Centro: 2
Ganchinho: 2
Pinheirinho: 2
Rebouças: 2

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