Minha casa, meu pesadelo!

A ministra do (des)Planejamento, Miriam Belchior, informou nesta segunda-feira que a previsão de gastos com o Programa Minha Casa, Minha Vida este ano foi reduzida para R$ 7,6 bilhões, mas isto pouco significa, pois segundo relatório do Tribunal de Contas da União até setembro de 2010 o programa do Governo Federal beneficiou efetivamente 276.892 famílias brasileiras, o equivalente a aproximadamente 28% da meta.

"A CULPA É DO CONGRESSO"

A ministra disse que a previsão inicial era de R$ 12,7 bilhões. Segundo ela, a queda no valor se deve ao fato de o Congresso Nacional ainda não ter aprovado a segunda fase do programa, o que a muito é uma falácia, já que o PAC II é somente a continuidade das promessas não cumpridas no primeiro. Neste jogo de poder, onde o parlamento acaba virando um penduricalho do executivo, está Casa de leis aprova o que o governo central quer. Se o Congresso não aprovou é por que o governo não priorizou. Ela insiste nos engôdos e diz que "a previsão é que isso ocorra somente em abril ou maio. Teremos um terço a menos do ano".

SÓ ENGÔDO

O que existe de real é que a partir das informações encaminhadas pela Caixa Econômica Federal, o TCU realizou comparações entre as metas estipuladas pelo governo federal e seu estágio de cumprimento. O dados mostram que dos financiamentos via construtoras, somente 15.177 unidades habitacionais haviam sido concluídas até setembro, o que não representa nada perante o que os governos petistas anteriormente anunciaram. O número real de casas construídas representado por este programa, que propositalmente ou por incompetência não dá certo, é que foram realmente concluídos somente 3% da meta dos empreendimentos contratados até então. Um milhão de casas foram prometidas, mas não executados pelo programa, que completa dois anos de existência fracassada no próximo mês.