sábado, 22 de janeiro de 2011

Justiça decreta prisão preventiva de ex-superintendente do Porto de Paranaguá

GP

O juiz Marcos Josegrei da Silva, da Justiça Federal de Paranaguá, aceitou os argumentos da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) e decretou na noite de sexta-feira a prisão preventiva do ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio Oliveira de Souza, acusado de formação de quadrilha e fraude em licitações. Ele é um dos dez presos da Operação Dallas da PF, deflagrada na última quarta-feira. Com a decisão do juiz, os outros nove presos devem ser liberados entre domingo e segunda, já que tinham somente prisões temporárias (válidas por cinco dias. Somente Daniel Lúcio, detido no Rio de Janeeiro, permanecerá preso.

Segundo o delegado-chefe da PF em Paranaguá, Jorge Fayad Nazário, o juiz concordou com o argumento de que se fosse solto o ex-superintendente poderia atrapalhar na coleta de provas sobre as possíveis irregularidades cometidas por ele durante o tempo em que comandou o Porto de Paranaguá, o segundo maior do país. Na semana que vem, uma equipe de policiais federais irá ao Rio de Janeiro para trazê-lo ao Paraná. Ele vai ficar detido na carcaragem da delegacia da Polícia Federal em Curitiba.

O advogado Francisco Monteiro da Rocha Jr., que defende o ex-superintendente, ficou surpreso com a informação da decretação da prisão preventiva, já que, segundo ele, o MPF e o próprio juiz haviam negado no início da Operação Dallas as prisões preventivas e autorizado somente as prisões temporárias. “Isso causa um pouco de estranheza. Ele (Daniel) está preso e não fez qualquer movimento de ameçar testemunhas ou destruir provas”, declarou.

Em depoimento, Daniel ficou em silêncio

Ontem, o ex-superintendente foi ouvido pela primeira vez desde que foi preso na última quarta-feira, porém ele não quis responder as perguntas feitas por um delegado do Rio de Janeiro, que conduziu o depoimento. Por orientação do advogado, Daniel Lúcio disse que permaneceria em silêncio e, por isso, foi rápida a tentativa da Polícia Federal de ouví-lo.

O advogado Monteiro Rocha explicou que ainda não tomou conhecimento de toda a documentação que embasa a Operação Dallas da PF de Paranaguá, principalmente os aúdios das escutas telefônicas. Por esse motivo, ele disse que orientou o ex-superintendente a permanecer em silêncio.

Ainda segundo o advogado, Daniel não tinha noção até sexta-feira sobre a abrangência das acusações contra ele e somente após os dois conversarem ele teria entendido quem eram os demais presos e o motivo das prisões realizadas na última quarta-feira. “Ele não tinha a menor ideia do que estava acontecendo, mas ele se acalmou que as informações que a gente foi passando.”

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