quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Promotor do caso Celso Daniel acusará PT

Opinião e Notícia

O primeiro acusado pela morte em 2002 do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel vai a júri popular nesta quinta-feira, 18, e o promotor do caso, Francisco Cembranelli, dirá ao jurados que o crime está relacionado a um grande esquema de corrupção que tinha como um dos objetivos financiar campanhas eleitorais do PT.

As novas estranhezas do caso Celso Daniel

No final de agosto a promotora Eliana Faleiros Vendramini dirigia em uma via expressa de São Paulo quando, segundo uma nota publicada no jornal O Estado de S.Paulo, um Gol bateu repetidamente na lateral do seu carro blindado até jogá-la para fora da pista, fazendo com que capotasse três vezes e fugindo sem prestar socorro. Cerca de um mês depois, na quinta-feira, dia 23 de setembro, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo divulgou a informação de que Elcyd Oliveira Brito fugira do Centro de Progressão Penitenciária de Pacaembu no dia 4 de agosto. Mas o que um fato tem a ver com outro? A resposta é: o caso Celso Daniel.

No dia 18 de janeiro de 2002 o então prefeito da cidade paulista de Santo André, Celso Daniel, foi sequestrado quando saía de uma churrascaria no bairro dos Jardins, em São Paulo, e encontrado morto dois dias depois, com onze tiros, em Juquitiba, em uma estrada próxima à Rodovia Régis Bittencourt. Eliana é a promotora do caso da morte de Celso Daniel, e Elcyd Brito é suspeito de participação no assassinato e principal testemunha viva do crime, cujos acusados vão a júri popular no próximo dia 18 de novembro. A morte de Celso ganhou contornos políticos quando surgiram denúncias de que em Santo André funcionava um esquema de extorsão de empresas de ônibus para abastecer um suposto caixa dois do PT.

O PT, entretanto, sustenta desde então que o assassinato de Celso Daniel foi um “crime comum” – conclusão do inquérito policial – da mesma forma como a promotora Eliana declarou que o suposto atentado que sofreu em São Paulo foi na verdade “uma fechada”. A diferença é que sete testemunhas do caso Celso Daniel já morreram desde 2002, do garçom que serviu Celso na noite do seu sequestro até o legista que examinou o cadáver do ex-prefeito petista, e seu irmão Bruno Daniel está na França na condição de refugiado devido às ameaças que sofreu por querer aprofundar as investigações.

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