quarta-feira, 2 de junho de 2010

Deputados do PMDB/PR lançam manifesto sobre alianças

Elizabete Castro

Às vésperas do encontro entre o governador Orlando Pessuti (PMDB) e o presidente Lula (PT), marcado para hoje em Brasília, um manifesto assinado por treze dos dezessete deputados estaduais do PMDB pede que, nas negociações sobre alianças para a disputa eleitoral deste ano, os articuladores também zelem pelo interesse das candidaturas do partido à Assembleia Legislativa e ao Senado.

O documento, divulgado ontem, não menciona a candidatura do governador Orlando Pessuti (PMDB) à reeleição. Um dos idealizadores do manifesto, o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli justificou que os deputados respeitam o projeto de reeleição de Pessuti, mas acham que também devem ser consideradas as candidaturas proporcionais e a candidatura do ex-governador Roberto Requião ao Senado.

“O Pessuti tem preservado o interesse dele que é ser candidato. Respeitamos, mas é necessário preservar as candidaturas do Requião e dos deputados”, afirmou.

Em qualquer aliança que Pessuti venha a fechar, o que os deputados estaduais do PMDB querem mesmo é garantir a coligação proporcional com outros partidos. A formação de uma chapa com outras siglas é vista como a tábua de salvação para a reeleição de grande parte dos atuais dezessete deputados estaduais. “É condição “inafastável” para nós na hora de decidir uma aliança. Nós temos essa posição”, disse Romanelli.

Opções

Eleitos em 2006, com votações acima de 37 mil votos, os deputados estaduais peemedebistas vão precisar do impulso da eleitoral de outras siglas para manter o patamar da bancada. Conforme Romanelli, a bancada vai precisar de, no mínimo algo em torno de 40 mil votos para conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa.

O “chapão”, que está sendo negociado entre os aliados do PSDB, é o sonho dos deputados estaduais peemedebistas. Nos bastidores, eles ameaçam propor o apoio do partido ao candidato tucano ao governo, Beto Richa (PSDB), na convenção estadual do PMDB para serem aceitos na coligação que está sendo negociada entre o PSDB, o DEM, PP e também o PDT.

Internamente, o PMDB está dividido entre a candidatura de Pessuti, a coligação com o PDT, em apoio a Osmar Dias para o governo, e a aliança com o PSDB, em apoio a Beto Richa.

Porém, o que parece mais próximo do PMDB, no momento, é uma coligação com o PT, se Pessuti for candidato ao governo, ou com PT e PDT, se houver um acordo entre os partidos da base de Lula no Congresso Nacional para fechar aliança em torno da candidatura do senador Osmar Dias ao governo. “Nós admitimos aliança com o PT se o senador Osmar Dias for apoiar o PSDB, mas queremos coligar na proporcional”, disse Romanelli.

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