O total de mortes de crianças menores de cinco anos no mundo parece ter caído mais depressa do que as autoridades esperavam. Um novo estudo estima que muito menos crianças - cerca de 800.000 - morrem a cada ano do que estimavam as Nações Unidas.
Usando mais dados e um modelo aperfeiçoado, cientistas preveem que 7,7 milhões de menores de cinco anos morrerão em 2010, 36% menos que as quase 12 milhões de mortes estimadas em 1990. O trabalho aparece nesta segunda-feira, 24, na revista médica The Lancet.
A nova estimativa é substancialmente menor que o cálculo feito pelo Unicef em 2008, quando foram estimadas 8,7 milhões de mortes a cada ano de causas evitáveis como diarreia, pneumonia e malária.
"Estamos um bocado melhores do que pensávamos", disse Christopher Murray, um dos autores do estudo e diretor do instituto de Métricas Médicas e Avaliação da Universidade de Washington.
Murray e colegas acessaram dados de 187 países, entre 1970 e 2009. Determinaram que as mortes infantis caem cerca de 2% ao ano, abaixo dos 4,4% necessários para que se atinja a meta da ONU de cortar a mortalidade em dois terços até 2015.
Murray disse que a mortalidade está caindo surpreendentemente depressa em países como a Libéria e o Níger, mas que o progresso está paralisado em nações ricas como os EUA e o Reino Unido.
Onde as informações eram limitadas, os pesquisadores usaram modelos para projetar o número de mortes. A pesquisa foi paga pela Fundação Bill e Melinda Gates.
"Estamos muito entusiasmados porque esse estudo reforça nossa crença de que intervenções de grande escala, como redes contra malária, vacinas e pílulas de vitamina A estão mostrando seu efeito", disse Mickey Chopra, diretor de saúde do Unicef. O Fundo das Nações Unidas para a Infância não teve ligação com o estudo.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Mortalidade infantil no mundo cai mais depressa do que previa a ONU


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