terça-feira, 4 de maio de 2010

Esquema de Durval começou no governo Roriz


Esquema de Durval começou no governo Roriz

Promotora que desvendou o esquema do mensalão do DF mostra que ex-secretário começou a operar no governo anterior ao de Arruda, com a mesma metodologia

Operador no governo Roriz, Durval manteve-se operador no governo Arruda, diz promotora da Caixa de Pandora

Rudolfo Lago

Se não tivesse a autorização expressa do então governador Joaquim Roriz, Durval Barbosa sequer teria conversado com José Roberto Arruda sobre a possibilidade de operar para ele um esquema de desvio de recursos públicos. Essa é a convicção da promotora Alessandra Queiroga, responsável pelas investigações iniciais da Operação Caixa de Pandora. Na verdade, mais do que mera convicção.

Durval revelou em seus depoimentos que pediu autorização a Joaquim Roriz antes de começar a operar para José Roberto Arruda. Na época, Roriz era aliado do então deputado que tentaria sucedê-lo no governo do Distrito Federal.

Desde que Durval assumiu a presidência da Companhia de Desenvolvimento do Planalto (Codeplan), em 1999, ele já começou a operar o esquema de desvio. Com a mesma metodologia que foi desvendada na Operação Caixa de Pandora. Com uma desenvoltura que muitas vezes espantava a Alessandra e seus colegas do Ministério Público, Durval aceitava dispensar licitações e criar outras situações irregulares.

Sua característica, diz Alessandra, era ter “coragem” de pôr sua assinatura em contratos claramente ilícitos. Talvez com a convicção de que tamanho desassombro com a corrupção o manteria sempre absolutamente necessário e o protegeria. Operador no governo Roriz, Durval manteve-se operador no governo Arruda.

Fonte: Congresso em Foco

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