quinta-feira, 13 de maio de 2010

A política cambial e as altas taxas de juros fazem o endividado povo empobrecer, o país se desindustrializar e gerar desemprego e os bancos lucrarem


Enquanto o país se desindustrializa o nosso endividado povo se empobrece a cada dia mais e os bancos lucram como nunca.

No Brasil a mudança na política cambial seria um importante instrumento de promoção do desenvolvimento, pois permitira às empresas nacionais competir com outras do resto do mundo, estimulando-as a adotar tecnologias de ponta. A suposta sobrevalorização da taxa de câmbio enfrentada no momento teria segundo essa visão, efeitos de longo prazo nefastos sobre a economia. A principal ameaça seria a desindustrialização - muitas vezes descrita como um retorno à economia agrária - que acabaria por reduzir o ritmo de crescimento da economia brasileira. Note-se que o argumento apresenta desenvolvimento da indústria e desenvolvimento do país como se fosse a mesma coisa.

Segue-se desse raciocínio que, para se desenvolver, o Brasil precisaria reverter a tendência à sobrevalorização da taxa de câmbio. Supostamente, essa estratégia teria sido a adotada pelos países emergentes que mais rapidamente crescem. A tendência à sobrevalorização resultaria tanto da doença holandesa - entrada de divisas devido às exportações de commodities - como do fluxo de investimentos externos causados pelas altas taxas de juros e retorno do capital superior ao observado no resto do mundo.

Outro grande inimigo é o alto lucro dos bancos pela vigência das altas taxas de juros.

No primeiro trimestre Banco do Brasil, que deveria ser um banco de fomento, mas não é, anunciou lucro líquido de R$ 2,4 bilhões , crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2009. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido foi de 28%. A participação da área de seguros no lucro subiu de cerca de 11% para 15,2%.

A carteira de crédito total, incluindo garantias e títulos de valores mobiliários privados, fechou o trimestre em R$ 327,3 bilhões, crescimento de 36,0% em 12 meses. No crédito, a parceria com o Banco Votorantim contribuiu com R$ 22,6 bilhões em operações de crédito.

Na pessoa física, a expansão foi de 55,5% com a carteira fechando março em R$ 95,1 bilhões. O destaque foi o crescimento de 200,3% no financiamento a compra de veículos, puxado pela parceria com o Banco Votorantim. O crédito imobiliário cresceu 103,9%.

Na pessoa jurídica, a carteira de crédito cresceu 25,8% e chegou a R$ 128,1 bilhões. Os empréstimos para capital de giro subiram 5,4%. O crédito à pequena e média empresa subiu 20,9%.

As receitas financeiras, impulsionadas pelo crescimento do crédito, totalizaram R$ 18,6 bilhões nos três primeiros meses do ano, 21,6% superior ao mesmo período de 2009. Desse total, as receitas provenientes das operações de crédito somaram R$ 12,5 bilhões, ante R$ 9 bilhões no primeiro trimestre de 2009, registrando expansão de 39,4%.

Os ativos do Banco do Brasil chegaram a R$ 724,9 bilhões em março de 2010, expansão de 22,5% ante março do ano passado.

O que acontece com os lucros obtidos pelos bancos privados não é diferente, pois nunca lucraram tanto como lucram no governo Lula.

O lucro do Itaú Unibanco no 1º trimestre, de R$ 3,234 bilhões, é o maior entre bancos brasileiros para este período, segundo a consultoria Economatica. O ganho representa uma expansão de 60,5% em relação a igual período do ano passado.


Na semana passada, o Bradesco anunciou o maior lucro para o 1º trimestre entre bancos privados, de R$ 2,1 bilhões.

Primeiro banco brasileiro a divulgar balanço em 2010, o Bradesco mostrou o que deve ser a tônica para o setor ao longo do ano: crescimento do lucro, do crédito e redução da inadimplência. O segundo maior banco privado do País apresentou no primeiro trimestre lucro líquido de R$ 2,103 bilhões, o que significou expansão de 22% em relação a igual período de 2009.

Segundo a empresa de informações financeiras Economática, foi o maior ganho já registrado por um banco brasileiro nos três primeiros meses do ano.

Conforme a maioria dos analistas esperava, o Bradesco elevou a concessão de crédito no período. A alta, de 10,4% em relação ao primeiro trimestre de 2009, foi puxada pelos empréstimos consignados e pelos financiamentos imobiliários. Para o ano inteiro, a instituição manteve a expectativa de um crescimento entre 21% e 25%.

O vice-presidente executivo do banco, Domingos Abreu, afirmou que esses porcentuais ainda podem ser alcançados - a despeito da expansão bem mais modesta no primeiro trimestre - porque este é o período do ano em que os negócios costumam ser mais fracos. "É normal termos de acelerar ao longo do ano", observou.

Ele disse que, ao final de fevereiro (dado mais recente disponível), o Bradesco detinha uma participação de 12,6% do mercado de crédito brasileiro, exatamente igual ao número de dezembro do ano passado. "Nosso objetivo é aumentar um pouquinho essa participação", afirmou.

Em 2009, em meio à crise financeira mundial, os bancos públicos adotaram uma estratégia agressiva de concessão de crédito. O objetivo do governo era impedir que a escassez de financiamentos derrubasse ainda mais a atividade econômica no País. Um efeito colateral da estratégia foi o aumento da fatia dessas instituições no mercado de crédito.

Por isso, analistas esperavam para 2010 um contra-ataque dos bancos privados. No caso do Bradesco, a alta de 10,4% foi considerada moderada, mas, ainda assim, positiva.

Os resultados do banco foram elogiados, em relatórios, pelos analistas do banco Credit Suisse, da Corretora Ativa e da Corretora do Banco Fator. Todos destacaram, em especial, o retorno da rentabilidade para pouco acima de 20%. A medida é fruto da relação entre lucro líquido e patrimônio líquido.

O balanço do Itaú divulgado nesta terça-feira, 4, ainda supera os lucros do Banco do Brasil em 2008 e 2006, de 2,347 bilhões e 2,343 bilhões, respectivamente, os melhores resultados na comparação com todos os bancos brasileiros de capital aberto até então.

Os ativos totais do Itaú Unibanco somaram R$ 634,663 bilhões, expansão de 1,6% em relação a março do ano passado.

O patrimônio líquido do Itaú ficou em R$ 52,974 bilhões. A expansão em comparação ao primeiro trimestre de 2009 foi de 17,7%.

Carteira de crédito

A carteira de crédito do Itaú Unibanco, incluindo avais e fianças, atingiu R$ 284,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 4,4% quando comparada ao mesmo período do ano passado. O segmento de pessoa física teve crescimento mais expressivo que os empréstimos para empresas.

A carteira de crédito de pessoa física atingiu R$ 104,3 bilhões, com crescimento de 12,5% quando comparada a igual período de 2009. Já a carteira de crédito de micro, pequenas e médias empresas atingiu R$ 64,3 bilhões, com crescimento de 24,7% em igual período de comparação. A carteira de grandes empresas atingiu R$ 89,1 bilhões.

O lucro líquido contábil do banco no primeiro trimestre, de R$ 3,234 bilhões, gera uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROE) de 25% - ante 18,2% no período de janeiro a março de 2009.

Considerando o lucro líquido recorrente, que foi de R$ 3,168 bilhões, o ROE passa a 24,4%, comparado ao de 23,1% no primeiro trimestre de 2009.

Os recursos próprios livres, captados e administrados totalizaram R$ 894,1 bilhões, com crescimento de 10,4% quando comparado a 31 de março de 2009.

O Santander Brasil anunciou que teve lucro líquido consolidado de R$ 1,015 bilhão no primeiro trimestre, mais do que o dobro do resultado obtido um ano antes.

No fim do primeiro quarto do ano, a carteira de crédito do maior banco estrangeiro no país era de R$ 144,124 bilhões, com uma tímida elevação de 3,6% sobre os R$ 139,097 bilhões de um ano antes, com destaque para o varejo, com expansão de 8,8% no período.

O volume de despesas com provisões para perdas, que era de R$ 2,41 bilhões no fim de 2009, teve leve recuo, para R$ 2,34 bilhões.

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