sexta-feira, 16 de abril de 2010

EmPACado?


Estive no CIETEP da FIEP, onde todos foram mais uma vez bem recebidos pelo presidente Rodrigo Rocha Loures. No "Seminário do Programa de Aceleração do Crescimento" (PAC) apesar do otimismo das autoridades federais em relação ao PAC os prefeitos dos pequenos municípios ali presentes não demonstravam o mesmo. Todos afirmavam que não acreditavam que os recursos fossem liberados ainda neste governo e que eles vão acabar gastando com projetos e não irão ver a cor do dinheiro, pois os prazos e os problemas que surgem para a aprovação impedirão a viabilização destes a curto prazo, e ninguém sabe quem será o próximo governante.

Os representantes do governo federal vieram com a estória de que os pequenos municípios não tinham sido incluídos antes por que eles ainda não estavam preparados porque em grande parte são dirigidos por prefeitos novos, mas que agora estando mais experientes teriam condições de em parceria com o governo federal de executarem o Programa, o que os irritou ainda mais.

Um secretário de uma prefeitura do norte pioneiro disse:
“Nós somos do interior, mas estão enganados, pois não somos trouxas. Se do PAC-1 eles não executaram nem ao menos 20%, como agora estão lançando o PAC-2? Não teria sido melhor o governo Lula terminar a execução do primeiro em vez de lançar o segundo?”

Um prefeito do sudoeste disse:
“Eu também estou achando que é enrolação, pois do jeito que a coisa é enrolada não tem como nós apresentarmos os projetos em tempo hábil e tem mais, para o ano que vem o orçamento da República será bem menor. Li na Folha de S. Paulo o Meirelles afirmando que o orçamento para o próximo ano será de 38 bilhões em investimentos contra os 46,7 bilhões deste ano, portanto se ficar para o ano que vem nós não iremos ver nem o cheiro deste dinheiro. Eles querem é nos pegar para trabalhar de graça para o PT.”

O próprio Rodrigo Rocha Loures, presidente da FIEP, a pouco tempo atrás no "Fórum Futuro 10" Paraná disse:

"O PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) é uma referência, mas é uma solução imperfeita. Faltou ao PAC passar por um tratamento sistêmico apropriado. O gargalo é a falta de articulação entre os poderes municipal, estadual e federal, entre os poderes Legislativo e Executivo e entre o sistema produtivo e os governos. Muitos pedidos existem há anos, e nunca foram atendidos porque o sistema é emperrado. Mais do que um plano, o que falta é uma análise sistêmica da questão. Em nenhum momento faltou apoio da bancada paranaense. O que causa esse estrangulamento é a burocracia".

Enquanto povo esperamos que o PAC-2 seja este "tratamento sistêmico apropriado", ou será apenas mais um PAC emPACado?

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