sexta-feira, 10 de maio de 2013

Operação da PF prende secretários e empreiteiros no Acre


A Polícia Federal deflagrou hoje (10) a Operação G-7, para desbaratar organização criminosa no Acre e o envolvimento de secretários, servidores públicos e de vários empreiteiros em desvio de dinheiro público.
Já foram presos o secretário de Obras da prefeitura de Rio Branco, Wolvernar Camargo, o diretor de análises clínicas da Secretaria Estadual de Saúde e sobrinho do governadorTião Viana (PT) , Thiago Paiva, o ex-secretário de Habitação do Estado Aurélio Cruz, o diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) Gildo César, o empreiteiro e ex-presidente da Federação da Indústria do Acre (Fieac), João Francisco Salomão.
Foram examinadas licitações executadas nos municípios acreanos de Tarauacá, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Vila Campinas e Acrelândia, constatando-se que muitas das obras licitadas jamais chegaram a ser executadas. Somente em seis contratos examinados, de um valor total de R$ 40 milhões, estima-se que os cofres públicos sofreram um desfalque de cerca de R$ 4 milhões.
Durante as investigações, os policiais identificaram um processo licitatório destinado à contratação de uma clínica de exames médicos para desviar fraudulentamente recursos do Sistema Único de Saúde-SUS, do Governo Federal.
Ao todo 150 policiais de diversas localidades do país estão dando cumprimento a 34 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos nos municípios de Rio Branco e Tarauacá.
As investigações foram iniciadas em 2011, e culminaram com a identificação de um grupo de sete empresas do ramo de construção civil, que atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no Estado.  As empresas simulavam concorrer entre si, garantindo, assim, que uma delas sempre vencesse a licitação. Os concorrentes que não integrassem a organização criminosa eram eliminados ainda na fase da habilitação técnica, primeira fase da licitação, em que a administração pública exige da empresa comprovação de sua aptidão técnica para realizar o serviço.
Todos os envolvidos na fraude deverão responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação, e desvio de recursos públicos. (JB)

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