segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Advogado é suspeito de ser mandante do atentado à Câmara de Maringá


Um advogado de Maringá é apontado como mandante do atentado contra a Câmara Municipal de Maringá (CMM) em julho do ano passado. Ele foi denunciado pelo núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por ameaça a autoridades locais. Além dele, um detento também foi denunciado, porque teria ameaçado o autor dos disparos depois do crime.
O motivo do atentado ainda não foi esclarecido, mas a intenção seria intimidar autoridades e a chefia da 9ª Subdivisão Policial (SDP). “As investigações apontam que o atirador teria agido a mando do advogado de Maringá. Os denunciados serão intimados e poderão se defender”, explicou o promotor.
A denúncia do Gaeco afirma que o advogado entregou uma cópia do interrogatório do autor dos disparos para um preso da Casa de Custódia de Maringá (CCM), considerado de alta periculosidade.Segundo o promotor Laércio Januário de Almeida, durante interrogatório, o acusado de ter efetuado os disparos contra o prédio do legislativo, preso em março deste ano, informou que foi coagido pelo advogado a praticar o crime. Por esse motivo, o advogado teria pedido depois ao detento também denunciado que ameaçasse o autor dos disparos.
Para o Ministério Público (MP), ao divulgar para os demais presos a cópia do interrogatório, o advogado estaria estimulando a população carcerária a aplicar contra o autor dos disparos à Câmara "os rigores da impiedosa e silenciosa lei do cárcere, cuja fonte advém dos costumes intramuros dos presídios, onde o alcaguete sofre grave discriminação, represálias e outras barbáries”.
O advogado e o detento foram denunciados com base no artigo 344 do Código Penal - usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral. A pena prevista para o crime é de prisão de um a quatro anos e multa, além da pena correspondente à violência.
Atentado
O atentado aconteceu no fim de julho do ano passado. Na ocasião, dois homens em uma motocicleta pararam na calçada em frente à Câmara e um deles efetuou vários disparos com arma de fogo contra o prédio, que fica na área central da cidade.
As câmeras de segurança do local flagraram a ação dos bandidos, que estavam de capacete. Os tiros danificaram a porta de vidro principal, móveis da recepção e as paredes da Câmara. Nenhuma pessoa ficou ferida na ocasião.
Em março deste ano, Polícia Civil prendeu o acusado de ter feito os disparos. O jovem, de 20 anos, preso na Vila Operária, teria confessado o crime. O outro envolvido no atentado é adolescente e foi apreendido em novembro de 2011.
Existia a possibilidade de que o autor do atentado à Câmara tenha ligação com o ataque feito contra a sede da RPC TV Maringá e Gazeta Maringá no ano passado. Nos dois casos, os tiros foram efetuados por uma pistola 9 milímetros, de uso restrito das forças armadas. (GP)

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