O que vale mais é os interesses de meia dúzia de grandes empresas multinacionais e nacionais ou o direito a vida de mais de 40.000 brasileiros afetados pela construção de Belo Monte?
Não podemos esquecer de que a energia é insumo fundamental
na produção de alumínio primário, respondendo por 25% a 35% do custo cash, e de
que este é o único motivo da Alcoa e outras empresas para estarem instaladas
aqui. Com certeza em seus países de origem estas empresas não teriam os mesmos
benefícios energéticos que obtiveram no Brasil, onde até hidrelétricas o
governo constrói para atender a estes interesses.
As empresas de alumínio
utilizam 8% de toda a energia elétrica do país e cerca de 2% no mundo.
O Brasil
precisa repensar urgentemente o perfil da indústria que quer no país, para
reduzir a produção de produtos intensivos no consumo de energia com baixo valor
agregado.
O alumínio é vendido a um preço insignificante para o mercado
internacional e gera pouco emprego. A mão-de-obra empregada para produção de
alumínio é 70 vezes menor do que a gerada pela indústria de alimentos e bebidas
e 40 vezes menor do que a gerada pela indústria têxtil.
A etapa energeticamente cara e ambientalmente poluente é realizada aqui, mas a rentável indústria de ligas especias de alumínio, que agrega um alto valor a produção, estão instaladas nos países de origem destas empresas.
A Alcoa, a questão social e o meio ambiente:
"Em Juruti, o Ministério Público do Estado, por meio das promotoras de justiça Lilian Regina Furtado Braga e Dully Sanae Araújo Otakara, ingressou com Ação Civil Pública contra a Alcoa (OMNIA Minérios Ltda). A ACP quer garantir a cessação e recuperação dos danos ambientais causados ao ecossistema que abriga os igarapés das áreas de influência das rodovias, caminhos de serviços e ferrovia construídos pela empresa. O MP requer concessão de liminar que determine a imediata suspensão da licença de operação do empreendimento.
A Alcoa explora bauxita em Juruti. A empresa obteve a licença de operação no segundo semestre deste ano. O MP requer a suspensão da licença até que sejam tomadas todas as providências para recuperação, controle e monitoramento dos igarapés, e indenização dos comunitários afetados. Requer também a suspensão de toda e qualquer licença ambiental em favor de atividades de supressão de vegetação, de terraplenagem ou de movimentação de terra."
A Alcoa explora bauxita em Juruti. A empresa obteve a licença de operação no segundo semestre deste ano. O MP requer a suspensão da licença até que sejam tomadas todas as providências para recuperação, controle e monitoramento dos igarapés, e indenização dos comunitários afetados. Requer também a suspensão de toda e qualquer licença ambiental em favor de atividades de supressão de vegetação, de terraplenagem ou de movimentação de terra."
"O principal prejudicado com atos da Alcooa é a povo natural da região. Tanto a diversidade cultural como ambiental da
região tornaram-se alvos das agressões, em
função de lucros
e do acúmulo de capital por parte de poucos."
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