sábado, 6 de outubro de 2012

Panfletagem e propaganda via celular na mira da Justiça Eleitoral

Colocar no mínimo um policial militar em cada local de votação é a estratégia da Justiça Eleitoral para reprimir a ''boca de urna'' no dia das eleições, já que termina hoje a propaganda de rua em todo o Paraná. Enquanto eles evitam crimes eleitorais no mundo real, os juízes designados para vigiar a propaganda eletrônica ficarão de olho no uso dado pelos políticos ao telefone celular. ''Envio de mensagem SMS para os eleitores no dia da campanha é boca de urna eletrônica'', alertou ontem a juíza Renata Estorilho Baganha, de Curitiba, na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. 

Também em Londrina existe a determinação de não ''afrouxar'' a fiscalização eletrônica só por conta do fim do horário político eleitoral no rádio e televisão. ''Se for constatado que mensagens de texto foram enviadas para o telefone celular de eleitores por iniciativa do candidato, ou de alguém ligado à campanha, é crime eleitoral. O domingo será o dia do eleitor, onde a única manifestação política permitida é individual e silenciosa'', confirma o juiz eleitoral Luiz Sérgio Swiech, encarregado da propaganda eletrônica em Londrina. 

A repressão aos crimes eleitorais começa neste sábado em todo o Paraná, sendo progressivamente intensificada até as 7 horas do domingo, quando o efetivo máximo previsto pela Polícia Militar (PM) estará em atividade. Conforme a FOLHA noticiou, a corporação colocou 20% a mais de policiais nas ruas para garantir a operação. No total, serão 6,8 mil membros da corporação cuidando dos 5.592 locais de votação espalhados pelo Paraná, fora o policiamento normal. 

''Em Londrina, além dos policiais nas seções eleitorais, teremos equipes volantes circulando pela cidade, fazendo o patrulhamento'', informa o capitão Jefferson Luiz Souza, do 5º Batalhão da Polícia Militar (5º BPM), responsável pela operação na cidade. As pessoas que forem detidas fazendo propaganda irregular em Londrina serão levadas ao ginásio de esportes Professor Darci Cortez, o Moringão. A punição prevista em lei é de seis meses a um ano de prisão, que podem ser pagos com serviços à comunidade, e multa que varia de R$ 5 mil a R$ 15,9 mil. 

É considerado crime eleitoral, além da boca de urna, abordar eleitores, promover reuniões públicas, carreatas, caminhadas ou utilizar carros de som. 

Na capital, a Polícia Federal estará de plantão para intervir nos casos mais graves, como a compra de votos. Nos municípios menores o papel de Polícia Judiciária será exercido pela Polícia Civil. ''Quem adesivou o carro não precisa retirar, mas também não pode estacionar na frente do local de votação e deixar o automóvel parado ali o dia inteiro'', adiantou a juíza eleitoral Adriana Ayres, de Curitiba. 

Marcelo Wallbach Silva, da 1 Zona Eleitoral, e as juízas eleitorais Adriana Ayres e Renata Baganha repassaram à imprensa que a apuração da eleição em Curitiba, no domingo, deve estar concluída logo depois das 18 horas, se não houver surpresas com o sistema biométrico. ''A capital do Paraná será a maior cidade do país a utilizar o novo método, com reconhecimento das digitais, o que pode reduzir bastante o tempo médio de votação que hoje é de um minuto'', informou Silva. (Bonde)

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