sábado, 29 de setembro de 2012

Vereadora comemora decisão que cassou o registro do ex-presidente Conselho Federal de Enfermagem


Candidata a vereadora em Curitiba, onde tenta a reeleição, a enfermeira Maria Goretti David Lopes comemora pela segunda vez a decisão do Conselho Federal de Enfermagem, que manteve a cassação do registro profissional de Gilberto Linhares Teixeira, ex-presidente do órgão. A decisão foi tomada na última quinta-feira (27), em Brasília, durante reunião da Assembleia de Presidentes.
Na sua segunda gestão como presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (2007-2010), a corajosa Maria Goretti não se intimidou com o viés criminoso do “enfermeiro gatuno” e protocolou no Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro pedido de julgamento de conduta ética de Gilberto Linhares, preso em 2005 na Operação Predador, da Polícia Federal.
A ação policial foi deflagrada no vácuo das investigações de um inquérito de 1998 da Delegacia Fazendária, aberto a partir de denúncias da então presidente da Associação Brasileira de Enfermagem. De acordo com o delegado José Mariano, do grupo Missão Suporte, os acusados causaram prejuízo de R$ 50 milhões (valor da época) aos cofres públicos.
A prisão de Gilberto Linhares se deu apenas e tão somente por peculato, formação de quadrilha, homicídio, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, interceptação não autorizada de comunicação telefônica e falsidade ideológica. Já Hortência Linhares, casada com o tal enfermeiro, foi presa em São Paulo. Ambos foram acusados de chefiar uma quadrilha que envolvia funcionários do Cofen nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Piauí, Sergipe e Alagoas.
Inconformado com a perda de seu registro profissional, Linhares recorreu ao Conselho Federal e viu a decisão ser ratificada sem hesitação, o que sepulta de vez as suas pretensões de retomar ofício como se os crimes que praticou fossem um teimoso e repetitivo carrossel do parque de diversões da esquina mais próxima.
A exclusão de Gilberto Linhares dos quadros da enfermagem brasileira foi uma assepsia necessária, apesar de ter sido demorada, mas o feito deve ser creditado à vereadora Maria Goretti Lopes, que espera dar à capital do Paraná, mais uma vez, não apenas uma história ilibada na seara da enfermagem, mas sua incontestável coerência no momento de defender os interesses da população e enfrentar as questões do cotidiano de um País tão gigante quanto complexo.
“Mesmo sob suspeita de outros crimes e condenado pela Justiça brasileira, Teixeira mantinha o registro enfermeiro, o que envergonhava a categoria. A cassação é mais uma vitória contra a impunidade e os desmandos que ocorreram por muitos anos no Sistema Cofen-Coren”, disse Maria Goretti. (U. Info)

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