quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Professores da UFPR mantêm greve


Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram nesta quarta-feira (5) manter a greve iniciada há 112 dias. A assembleia aconteceu no auditório da Administração do Centro Politécnico. Com a deliberação, a reunião do Conselho Universitário, prevista para esta quinta-feira para decidir sobre uma possível volta às aulas, foi suspensa.
A assembleia dos docentes foi tensa e tumultuada. Houve uma primeira votação, anulada após o pedido de recontagem de votos por alguns docentes, na qual a opção pela continuidade da greve venceu por 228 a 226. No segundo pleito, 238 docentes votaram a favor da paralisação e 225 contra. Terminada a votação, os professores descontentes esvaziaram a assembleia e não quiseram discutir os outros pontos da pauta.
Apesar do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Andes-SN, ter indicado pela votação de uma possível suspensão unificada da greve, o tema nem entrou em discussão. “A possibilidade de suspensão não foi debatida porque a assembleia não quis”, disse Luis Allan Künzle, presidente da Associação dos Professores da UFPR (Apufpr). “Mesmo assim, caso a maioria nacional das assembleias decidam pela suspensão unificada da greve, o Andes o indique ou os professores queiram discutir o assunto, o faremos nas próximas assembleias”, continuou.
Na semana passada, o reitor da UFPR Zaki Akel Sobrinho tinha afirmado que, caso as aulas voltassem em setembro, o calendário se estenderia até o final de março de 2013. Agora, com a permanência da paralisação, não há novas previsões.
Opiniões divergentes
A divisão de opiniões da categoria sobre a greve ficou evidente no debate realizado antes da votação. Os docentes divergem principalmente sobre a proposta de reformulação do plano de carreira apresentado pelo Andes e a participação dos aposentados nas discussões.
“Durante a assembleia vimos que não há consenso entre os professores sobre o plano de carreira defendido pelo Andes. A proposta do sindicato não favorece a pesquisa nas universidades e, em alguns aspectos, a oferta do governo é melhor”, afirmou a professora Maria Isabel Limongi, do Departamento de Filosofia. (GP)

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