segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O começo da aliança eleitoral, o Gustavo despencando e a "sugestão" de que a Gleisi deixe a Casa Civil


Em Novembro do ano passado Gustavo Fruet, entusiasmado com a pesquisa, e "vitorioso" não querendo as barrar, comemorava que caso a eleição fosse naquele momento estaria "eleito".
O projeto arquitetado pela Gleisi e seu marido Paulo Bernardo exalava sucesso, só alegrias.
A caminhada do casal com o Gustavo já vinha de longe. Na eleição para o senado, apesar das profundas contradições partidárias, lançaram a dobrada "branca" G2, nela o objetivo era escantear o inoportuno Requião. Acabada a campanha a relação continuou, e ela leva o Gustavo a roncar grosso exigindo a vaga a prefeito pelo PSDB, coisa que ele tinha a certeza que não teria.
 Ele sabia do compromisso do PSDB com o PSB, desde a primeira eleição do Beto para a Prefeitura, uma dobrada partidária bem sucedida. 
Os ex-inimigos acenavam com uma proposta irresistível, o total e forte apoio a sua campanha, mas o preço seria abandonar os seus e migrar para o projeto de seus ex-inimigos. 
Arrumaram uma legenda que abrigasse o Fruet, o PDT, já que pelo PT seria impossível, tamanha as contradições existentes entre o ex-tucano e o PT nacional. 
Alguns dos principais membros da direção deste partido estavam para ser julgados no escândalo do mensalão, processo político onde o Gustavo tinha sido um dos principais mentores da acusação. Aja contradição!!!
Aqui em Curitiba o PT local estava rachado ao meio, e um setor mais coerente e menos personalista tinha claro que a aliança era um mal negócio para ambos os lados,e reagiram.
Todo um trabalho de avaliação do quadro eleitoral, baseado em uma análise política ideológica profunda, foi feito, e está apontava para a necessidade do lançamento da candidatura própria. Por mais racional que fosse a análise isto não demoveu o casal de ministros de seu ambicioso projeto para 2014. Neste o Gustavo seria o refém confiável. Confiaram mais no retorno político do ex-tucano do que na esquerda partidária, mesmo com o partido detendo a presidência da república.
Embora tenham usado toda a força da máquina na disputa interna a vitória foi apertada, por pouco que a candidatura própria não passou. Embora formalmente os adversários internos, defensores da candidatura própria, tenham acatado a decisão da eleição isto não se consolidou em mobilização, a base do partido na prática não aceitou a coligação. Veio a convenção do PT e nela os derrotados na disputa pela candidatura própria ou não novamente se rebelam, e desta vez com o apoio de setores descontentes do Campo Majoritário, mesmo agrupamento do qual faz parte o casal de ministros. 
Está aliança extemporânea entre a esquerda petista e o vereador Pedro Paulo e outros do CM levaram à derrota a candidata Roseli Isidoro, que tinha o apoio direto da ministra Gleisi. Com a vitória de Miriam Gonçalves para ser a vice do Fruet a situação não muda, e até se agrava. A base do PT, religiosamente lulista, continua não aceitando ao Gustavo, que consideram um inimigo, como a vitória da Miriam causa certo afastamento da Gleisi e de seu marido, o também ministro Paulo Bernardo.
Começa a campanha, e Gustavo Fruet recebe a adesão de setores do lernismo comandados pelo Gerson Guelmann, histórico braço direito do ex-governador Jaime Lerner, e isto agrava ainda mais a situação de dispersão. A base petista explodiu de indignação e os brizolistas relembram com ódio o fato do Brizola em plena campanha presidencial ter sido abandonado pelo Lerner, que na época era filiado ao PDT.
No Comitê central os grupos partidários montam verdadeiros feudos. O PT para um lado, o PDT para outro e o Gustavo isolado em outro com sue time de confiança. Somado a isto a falta de recursos torna a situação insuportável. Nas ruas Roseli Isidoro, candidata a vereadora apoiada por Gleisi ostenta mais material do que a campanha majoritária, deixando claro qual é a prioridade da ministra Gleise, que ainda estava com o sapo da derrota para a Miriam entalado na sua garganta.
Sem unidade interna, sem dinheiro e sem discurso, já que o seu trabalho de maior destaque que ocorreu na fundamentação do mensalão não poder ser usado como principal arma eleitoral, a candidatura do Gustavo empaca.
A partir dom momento em que o Gustavo Fruet não consegue justificar  a aliança com o PT e a direção deste não consegue a base a aceitar o anti-Lula, somados ao PDT, no qual o candidato não conseguiu se enraizar n cultura interna, a campanha a cada dia mais perde a coerência, e Gustavo lentamente foi se isolando, tanto internamente como externamente.
O desastre que foi a aliança também se refletiu no quadro nacional petista, onde a principal estrela do partido e a maioria dos dirigentes nacionais tiveram e tem dificuldades em aceitar o antigo desafeto. Isto se refletiu na ausência dos principais dirigentes partidários, no caso a Dilma e o Lula, no palanque do Gustavo. A única chance que ele teria para contar com o importante apoio seria se manter em alta nas pesquisas e isto não ocorreu.
A escolha equivocada de Gleisi, que tanto irritou aos “generais partidários”, hoje se reflete em Brasília, onde já é sugerido por todo o comando do partido que a Gleisi se afaste da Casa Civil.
Para o PT o mais importante é vencer em SP capital e não velar o defunto que se tornou a disputa em Curitiba, Para que isto ocorra é necessário estabelecer novos acordos, e eles passam pela renúncia do Chalita, e isto só será possível dando a ele o comando do Ministério da Educação, hoje ocupado por Mercadante, ilustre representante do PT paulista, que não poderá ser defenestrado do primeiro escalão.
O que os comandantes partidários têm colocado, entre estes vários que dirigem o PT paranaense, é que o espaço ideal para Mercadante é a Casa Civil. Espaço onde este, profundo conhecedor de Brasília e seus “labirintos”, poderia desempenhar um papel maior do que a atual ministra. Ela não está tendo um bom desempenho, vide as fracassadas tentativas de negociação com os grevistas federais, que por meses travaram e ainda travam o funcionamento de grande parte da máquina pública.
O discurso é o de que "ela na Casa Civil não consegue gerenciar a sua campanha rumo à eleição em 2014", mas isto parece mais uma forma educada para defenestrar a futura derrotada no pleito na capital. 
Perdendo a Casa Civil a Gleisi não terá tão a importante visibilidade que o cargo mais importante entre os ministros oferece.
 Outro fator importante pesando no destino da ministra, e que é levantado por petistas de alto escalão, é o “despreparo da atual ministra para o cargo”. Ela, senadora de primeiro mandato, apesar de ter várias qualidades, “não tinha o conhecimento necessário” para ocupar tão elevado posto. 

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