sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ministério da Fazenda vai contra as mentiras do Banco Central, que sempre esteve nas mãos dos banqueiros, afirmando que estoque da dívida das familias representa 64% da renda anual


Informação foi tornada pública por engano e diverge do cálculo do BC, que aponta endividamento de 44%

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda calcula que o nível de endividamento das famílias brasileiras é mais alto do que o índice oficial divulgado pelo Banco Central.

Segundo estimativa divulgada, por engano, pela secretaria em seu site, o estoque da dívida das famílias brasileiras corresponde a 63,9% da sua renda anual, descontados os impostos.

Para o BC -que compara o total de salários e benefícios sociais recebidos pelas famílias com o estoque das dívidas que elas têm junto às instituições financeiras- o endividamento é de 44%.

A Folha descobriu a discrepância em uma apresentação feita pelo secretário da pasta, Márcio Holland, há cerca de duas semanas e divulgada no site da Fazenda. Em um dos slides, a nota de rodapé diz que os dados não devem ser tornados públicos.

O documento da Fazenda defende que a estatística do BC não deveria ser utilizada para realizar comparações com outros países porque a autoridade monetária adota uma metodologia "significativamente diferente". Daí o uso dos 63,9%.

Procurada pela Folha, a secretaria retirou a apresentação do site e informou, em nota, que "o dado de 63,9% é fruto de um exercício preliminar (que se mostrou impreciso) no qual se buscava aproximar a metodologia brasileira da utilizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico".

A secretaria também disse entender que a metodologia do BC é adequada.

O BC não quis comentar.

O nível de endividamento das famílias brasileiras está no centro do debate econômico nacional. Para garantir a retomada do crescimento neste ano, o governo apostou todas as suas fichas no estímulo ao consumo por meio de crédito. A estratégia vem gerando críticas.

Em junho, a presidente disse que o crescimento do consumo significa inclusão. "Não temos um nível elevado de endividamento das famílias, é só pegar os padrões internacionais", disse Dilma. (Uol)

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