quinta-feira, 31 de maio de 2012

Lula, Gilmar, mensalão, Gustavo Fruet, PB e o escambau! A quem querem fazer de palhaço ...



Olho para o cenário eleitoral que se aproxima e dou risadas, embora estas tenha um bocado de origem nervosa. Nada é cômico no meio das mazelas sociais expostas pela guerra pelo poder nos municípios. Estes, como base da gestão pública, interferem diretamente nas disputas pelos governos estaduais e pela presidência da República, que irão ocorrer em 2014.

Na maior parte dos municípios espalhados pelo país do ponto de vista da construção das alianças não dá para cobrar coerência ideológica das partes que compõem as frentes, nelas a de tudo um pouco, mais variadas na composição do que barracas nas feiras.

A discussão é mais pragmática do que programática e a concepção da distribuição de espaços depois das vitórias nos remetem a idade média com seus feudos, verdadeiras cidades estados impedindo que o planejamento estratégico flua, tanto nos municípios como no poder central do país, assim fazendo com que as gestões públicas não sejam integradas internamente e externamente. "Este espaço é do meu grupo" é o discurso que preponderá. Se bobear cada pequena diretoria vira um feudo sob o controle do "coroné de plantão". Tudo isto por causa da "governabilidade".
Os grupos divergentes se unem na disputa pelo poder e tudo fica muito igual, e os bordões do "sempre foi assim" e o "está é a nossa tradição parlamentar" dão o tom para a guerra intestina que irá travar posteriormente com o bom andamento da máquina pública. Os mandatários com culpa no cartório gastam mais tempo se defendendo do uso de "fogo amigo" por parte de seus "aliados", como também revidando contra estes, do que gerenciando bem o que deveria público, Assim os escândalos literalmente pipocam por todo os lados, mas com a diferença de que o fétido cheiro não é de pipoca e os sons justapostos das denúncias são desalentadores. Um destes escândalos, fruto de "fogo amigo", foi o do mensalão, onde o Jefferson (PTB), não aguentando o tranco abriu o bico, envolvendo a tudo e a todos no escândalo do Correio, o qual dá origem ao escândalo do mensalão. "Tirei a roupa do rei. Mostrei ao Brasil quem são esses fariseus", disse Jefferson no final de seu discurso quando foi cassado o seu mandato, em 14 de setembro de 2005.

Em Brasília, onde em tempos de Cachoeira o circo é de horrores, se julga o mensalão. O roto ao falar do rasgado o demoniza, no inimigo não existe nenhuma virtude!

Ao mesmo tempo em que os duros ataques ocorrem os grupos em confronto tentam blindar os seus pares, tarefa nem sempre possível, e assim as fétidas entranhas ficam a mostra. O Cabral, que deveria também ser citado e convocado ficou de fora, mesmo sendo o estado do Rio o que mais contratos estabeleceu com a Delta, o que já movimentou mais de um bilhão e trezentos milhões pagos a está empreiteira, com não dá para esquecer as vergonhosas imagens do Cabral em Paris, onde ele apareceu em eventos festivos confraternizando com o ex-dono da Delta. O Vaccarezza estava certo do que iria acontecer ao dizer pelo SMS ao Cabral: "mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu". O Cabral deve ser convocado tal qual os outros governadores que se envolveram com o esquema Cachoeira, ou a CPMI ficará desmoralizada! Ele tem 1,3 bilhões de explicações para dar!
A muito aqui no Brasil os políticos utilizam a tática de criar um novo escândalo, ou requentar um velho, para abafar outro, e é o que aconteceu com o uso do escândalo Cachoeira para abafar o julgamento do também escandaloso mensalão. O Lula, o que um dia disse "que o mensalão era uma mentira e tentativa de golpe contra o seu governo", mas que com andar das denúncias disse "eu não sabia de nada", como depois finalizou pedindo desculpas ao povo brasileiro, foi o que mais estimulou para que a CPMI Cachoeira fosse colocada em discussão. 

Agora veio a tona a história, ou as estórias, do encontro do Gilmar Mendes com o Lula, já que é difícil confiar cegamente em qualquer um dos dois. Neste "novo episódio da novela mensalão", o Lula pediu ao Jobim, e este confirmou o fato, um estranho encontro com o ministro Gilmar Mendes no escritório do ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, o que nela foi tratado já tem várias versões, tanto da parte do Lula, como do Gilmar e do Jobim.

Sobre como ocorreu a reunião o Jobim caiu em contradição, primeiro disse "Por coincidência, o Gilmar estava no meu escritório, quando o presidente Lula apareceu para a visita", mas depois disse que a visita do Lula estava marcada há três dias: "Três dias antes, a assessora Clara Ant me ligou dizendo que o presidente Lula iria a Brasília conversar com a presidente Dilma numa quarta-feira e que retornaria no dia seguinte, mas antes queria falar comigo", quando é que foi que ele mentiu? O que o Lula queria tanto falar com o ministro Gilmar? Está claro que o Jobim, que não é de brincadeira marcou a agenda com os dois em um mesmo dia, e para que fizesse isto tinha de ter um sério motivo!


Se  a intenção do Lula era a de com a CPMI Cachoeira  abafar o julgamento do mensalão, que é o que mais tem feito desde que o escândalo estourou em 2005, deu com os burros na água. O que o inteligente, ousado e arrogante Lula não tem levado muito em conta, o que deveria fazer, é que agora como ex não está mais blindado como estava antes, quando "a orquestra mídia só tocava o que o maestro Franklin Martins pedia", os tempos mudaram e ele ainda não se acostumou em não ser mais o "onisciente, onipotente e onipresente" mandatário chefe do país.

Nesta manobra arriscada em fazer de tudo para que o escândalo Cachoeira viesse a tona para abafar o mensalão ele atirou nas próprias pernas, a maioria dos contratos estabelecidos pela Delta são com o próprio governo federal, ou com os partidos aliados, o agravante é que com ela o escândalo do mensalão não foi abafado, mas sim ampliado!
Exposto na "bacia das almas" a quem que o Lula teve de recorrer para rapidamente romper com a péssima imagem que ajudou a criar com está confusão? Dizendo "Vocês sabem que tem muita gente que gosta de mim, mas tem algumas pessoas que não gostam e eu tenho de tomar cuidado com essas", buscar socorro amparando-se no ombro do amigo Ratinho. Hoje as 21h30, de forma especial, o apresentador abrirá espaço para o ex-presidente vender sua versão sobre os fatos ao público mais humilde, que é quem dá ótimos índices nas pesquisas ao programa comandado pelo Ratinho. Este fato cria outra contradição, ao filho do apresentador, que é fiel deputado da base aliada do governo federal, ter aqui sido preterido pelo partido do Lula, que em vez de apoiar um aliado preferiu investir na candidatura do ex-inimigo Gustavo Fruet, um dos parlamentares entre os que mais expuseram as mazelas do governo petista. Enquanto o Ratinho oferece o ombro amigo o Fruet se esconde na sombra do ministro Paulo Bernardo, que a revelia dos dirigentes de seu novo partido, o PDT, organiza a sua campanha. Para os comandantes do PT paranaense o que importa é 2014. Será que para estes o Lula é coisa do passado?

Após a sua visita ao Lula o Gustavo Fruet, quando foi com o Paulo Bernardo e o André Vargas pedir que o Lula subisse em seu futuro palanque, disse:  "Não mudei minha opinião. Combati a corrupção em Brasília nos meus anos de deputado federal, .... Fiz meu trabalho, não tenho porque mudar de posição". O Lula levantou duas questões centrais: "pacificar o PT local rachado pela disputa interna que resultou na coligação e criar uma estratégia para explicar ao eleitor curitibano a aliança do PT com o ex-tucano." A primeira questão é até possível de ser resolvida, já que os acertos  os acerto internos no PT facilita ficar o dito pelo não dito, mas a segunda nem tanto. Como esconder a atuação do Gustavo na CPI dos Correios e durante a crise do mensalão em uma época onde o mensalão será julgado quando a eleição para prefeitos, onde o Fruet e o Lula terão de ser protagonistas? O povo, indignado, acompanha o desenrolar destes tristes acontecimentos!


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