quarta-feira, 30 de maio de 2012

Contag denuncia ameaças de morte a 347 trabalhadores rurais


Em meio aos discursos dirigidos aos cerca de 8 mil trabalhadores rurais e agricultores que participam do Grito da Terra Brasil 2012, na Esplanada dos Ministérios, as lideranças da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) apresentaram nesta quarta-feira (30) uma lista de 347 pessoas ameaçadas de morte por causa dos conflitos agrários.
“Registramos, ainda, 29 assassinatos e 38 tentativas de assassinatos nos últimos dois anos”, acrescentou o secretário de Política Agrária da Contag, William Clementino. Boa parte da violência é praticada por pessoas ligadas a grupos estrangeiros financiados por grandes indústrias do setor alimentício, garantiu à Agência Brasil a vice-presidenta da Contag, Alessandra Lunas.
“Somos contra a estrangeirização das terras brasileiras pelos grandes grupos de empresas que atuam no setor de alimentação. Todos sabem que a corrida desenfreada desses grupos se deve à previsão de grande demanda por alimentos no futuro”, disse Alessandra. “Isso colocará em risco a segurança alimentar do nosso país”, acrescentou.
Segundo a vice-presidente da Contag, há “várias situações de laranjas que se dizem proprietários de terras, mas que estão a serviço desses grupos estrangeiros”.
“Tem trabalhador que chega a trabalhar dez horas por dia, ganhando menos de um salário mínimo”, denunciou à Agência Brasil uma agricultora cearense* de 53 anos. “Por isso é necessário lutarmos pela melhoria salarial do homem do campo e pela redução da carga horária de trabalho para seis horas diárias”.
Alessandra Lunas explica que essas questões estão “todas interligadas”, e que “há várias situações de grupos estrangeiros despejando famílias e promovendo violência e trabalho escravo no campo”. (AB)

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