sexta-feira, 6 de abril de 2012

UFPR: 30 Horas com ponto eletrônico: negociação pelas costas da base

A adoção da jornada de 30 horas, acompanhada da implantação do controle eletrônico de ponto em toda a UFPR, é a proposta colocada para debate e votação na sessão do Conselho Universitário (COUN) do dia 6/12. Ela é resultado do trabalho de uma Comissão integrada por representantes da Reitoria e dos técnicos, formada ao final da greve deste ano, a qual entregou seu relatório por volta de 9/11 ao reitor Zaki Akel, e este agora encaminha a proposta de jornada/ponto ao COUN.

Nessa Comissão os TA foram representados pelo presidente do Sinditest, Wilson Messias, e pela ex-diretora de imprensa do sindicato, Carla Cobalchini, hoje presidente eleita do Sinditest, ainda não empossada.

Atentem, leitores, para a cronologia dos fatos. A greve dos TA foi encerrada em 26/09, e nas assembleias finais de greve, em meados de setembro, a proposta das 30 horas foi aprovada pela categoria, e também nomes de quase 10 servidores para integrar a Comissão para discutir essa proposta com a Reitoria. A Comissão paritária com a Reitoria foi instalada em 10/10, com presença apenas de Messias e Carla, tendo 30 dias para entregar seu relatório ao reitor, ou seja, por volta de 10/11.

Isto quer dizer que, pelo menos desde 10/11, há cerca de 3 semanas, tanto o presidente atual como a presidente eleita pela Chapa 2 já tinham conhecimento de que a proposta de 30 horas vinha acompanhada de implantação do ponto eletrônico.

Pergunta-se, caros leitores: desde 10/11 a diretoria atual do Sinditest chamou alguma assembleia geral para discutir essa proposta que irá a votação no COUN na próxima semana? Saiu algum mínimo informe no site do Sinditest? O grupo da Chapa 2 usou pelo menosseu site de campanha eleitoral para informar a base que lhe deu vitória para informar qual seria a proposta no COUN? Não, não e não.

Apenas ontem (29), à noite, é que o site da Chapa 2, em matéria assinada pelo (ex?)diretor do Sinditest Bernardo Pilotto, confirma qual a proposta que irá a debate no COUN de 6/12, e ali conclama a uma "mobilização" dos servidores para protestar contra o "oportunismo" da Reitoria em associar o ponto eletrônico à redução da jornada. Se assim é, por que a Chapa 2 não informou/alertou toda a base e procurou mobilizá-la DESDE 10/11 ? Se Messias e a Chapa 2 já sabiam há 3 semanas de qual seria a proposta, por que se calaram até agora?

Da parte de quem possuía informações, houve sonegação de levá-la até a categoria. Medo? Há aí uma mistura de hipocrisia, desprezo pela democracia e falta de transparência. Mais uma vez. Uma negociação com a Reitoria feita pelas costas da base. (Blog Na Luta)

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