sábado, 21 de abril de 2012

Richa diz ser intolerante com bicheiros e nega encontro

Citado em interceptações da Polícia Federal na operação Monte Carlo, o governador Beto Richa (PSDB) reiterou ontem que nunca teve qualquer contato com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, nem com pessoas ligadas ao grupo dele. O nome do tucano aparece em e-mails trocados entre o ex-cunhado de Cachoeira, Adriano Aprigio de Souza, e o argentino Ricardo Coppola, sócio da Larami (empresa que comandou o serviço de loterias on-line do Paraná entre 2002 e 2004). Nas conversas, de outubro de 2010, eles tratavam da reativação de loterias estaduais do Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, e sobre um suposto encontro com Richa.

“Não tenho nenhuma ligação com essas pessoas, eu não conheço essas pessoas, não recebi o Cachoeira nem ninguém ligado a ele”, afirmou Richa. Segundo o governador, a maior prova de que não teve envolvimento com o grupo do bicheiro é que ele também nunca discutiu ou enviou uma proposta à Assembleia Legislativa para reativar a loteria estadual. O Serviço de Loterias do Paraná (Serlopar) funcionou como uma autarquia até 2007, quando foi extinto por uma lei proposta pelo então governador Roberto Requião (PMDB).

De acordo com o texto interceptado (veja fac-símile ao lado), Souza pergunta a Coppola no dia 5 de outubro de 2010 se um suposto encontro com Richa “foi bom”. Na resposta, Coppola também escreve palavras em português e espanhol e xinga Requião. “Passado praticamente um ano e meio das interceptações, ninguém me procurou. Imagino que foram tirar informações a meu respeito e não tiveram coragem de me procurar porque ficaram sabendo que eu sou intolerante com ilegalidade, desvio de conduta e que qualquer pedido deles não iria prosperar comigo”, afirma Richa. (GP)

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